Moradores socorreram jovem baleado - Whatsapp O DIA (98762-8248)
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Por Natasha Amaral
Rio - Amigos e moradores denunciam que policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) São João foram os responsáveis pela morte de Jonathan Santos na comunidade do Engenho Novo, Zona Norte do Rio, no início da tarde desta quarta-feira. Segundo moradores, o jovem saía de casa para trabalhar quando foi atingido por policiais que estavam escondidos em uma mata. Ele chegou a ser socorrido para o Hospital Municipal Salgado Filho, mas não resistiu. No entanto, a Polícia Militar informou que o jovem fazia parte do crime organizado da região e que tinha passagens pela polícia por roubo com violência e corrupção de menores. 
"Na verdade, teve uma troca de tiros na comunidade. Jonathan estava saindo de casa para trabalhar, parou para mexer no celular e foi atingido. Ele gritou e quando eu cheguei ele já estava deitado no chão. Ele não fazia parte parte do crime. Os policiais estavam no mato e atiraram sem nem saber. Mais uma família que a polícia destrói", disse Nathalia Guerra dos Santos, amiga do jovem. 
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Ela ainda confirma que o jovem chegou a fazer parte do crime mas foi preso e pagou pelo seu erro. "É mentira que ele era criminoso. Ele não fazia mais parte disso. Ficou preso por quatro anos e agora trabalhava vendendo quentinha com a mãe. Ele estava com a blusa pendurada nas costas apenas esperando para ir trabalhar. Ninguém abordou ele, ele estava até com os documentos nas mãos. Quando tem operação todos os moradores saem com o documento e ele fez o mesmo. Mataram ele sem nem abordar". 
Em nota, a Polícia Militar informou que "equipes da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) São João realizavam policiamento quando foram atacadas a tiros por criminosos no interior da comunidade. Houve confronto e os marginais fugiram. Posteriormente, o comando da unidade foi informado sobre a entrada de um homem no Hospital Municipal Salgado Filho ferido por disparo de arma de fogo. Os policiais foram até a unidade hospitalar e reconheceram a vítima como integrante do crime organizado local e participante do confronto armado. O mesmo possui ainda anotações criminais por roubo majorado de corrupção de menores".
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Procurada, a Polícia Civil ainda não informou se vai investigar a morte do jovem e não confirmou as possíveis passagens pela polícia. Ainda não há informações sobre a data e local de enterro de Jonathan.