fogo cruzado 2 - arte o dia
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A plataforma digital 'Fogo Cruzado' registrou uma semana pesada em relação a tiroteios no Rio e no Grande Rio: só nos últimos cinco dias úteis, houve 82 avisos de tiroteios. Nessas ocorrências, 43 pessoas foram baleadas, com 29 mortes.

Especificamente em casos com três ou mais civis mortos, até agora, este ano, houve 63 do mesmo tipo de ocorrência. Até ontem, 235 civis haviam morrido. Em 78% dessas ações, policiais civis ou militares estiveram presentes.

No mesmo período de 2018, foram 48 casos com três ou mais civis mortos em uma mesma situação, totalizando 193 mortos. Nesse mesmo intervalo, em 65% das ações havia presença de agentes de segurança.

Na segunda-feira, no Jacarezinho, Zona Norte, um tiroteio em operação policial terminou com seis baleados, sendo que quatro deles morreram. O adolescente Rafael Henrique Dias Canoza, de 15 anos, foi um dos mortos. O tiroteio interrompeu a circulação dos trens do ramal Belford Roxo, da Supervia.

No dia seguinte, um tiroteio durante operação no Jacarezinho voltou a assustar moradores e a interromper a circulação de trens. Segundo a Supervia, só este ano o serviço já foi afetado 58 vezes por causa de tiroteios ao redor das linhas férreas. Durante a operação, houve ainda registro do uso de helicópteros da polícia como plataforma de tiro.

Já na quarta, o Complexo do Alemão, na Zona Norte, amanheceu com tiroteio. Havia operação também com apoio de helicóptero. A ação deixou cinco mortos, segundo a Polícia Militar, e um cabo PM baleado em estado grave. Pelo menos 14 escolas e creches da região tiveram as atividades suspensas.

O governador Wilson Witzel apoiou as operações. "O crime organizado não é maior que o Estado", enfatizou.

Segundo o Instituto de Segurança Pública, o número de mortes em confrontos com a polícia teve alta de 16,2%, de janeiro a agosto deste ano, contra o mesmo período do ano passado.

Menina baleada

Ontem à noite, a menina Agatha Vitória, de 8 anos, foi baleada no Complexo do Alemão. Segundo a tia da criança, identificada como Thais, a menina foi levada para o Hospital Getúlio Vargas, onde, até o fechamento desta edição, passava por cirurgia. Segundo testemunhas, a criança não havia intenso tiroteio no momento da ocorrência, mas policiais perseguiam uma moto na hora do ocorrido.

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