Segundo o órgão, Cabral dissimulava a aquisição dos seus bens mediante diversos atos de lavagem de dinheiro, como a aquisição de joias de altíssimo valor, roupas, embarcação, custeio de aluguéis e funcionários, blindagem de veículos, fretamento de helicópteros e viagens internacionais.
Operação Calicute
A partir da operação Calicute, foi confirmada a existência de uma organização criminosa estruturada no governo do estado durante a gestão de Cabral, corroborada por elementos trazidos na colaboração premiada firmada por executivos da Odebrecht no Supremo Tribunal Federal foram cotejados com os acordos de colaboração e leniência das empreiteiras Andrade Gutierrez e Carioca Engenharia, além de doleiros que operavam para Cabral.
De acordo com o MPF, após assumir o governo em 2007, houve a cartelização de empreiteiras para a construção de grandes obras de construção civil a cargo do Estado. Nos esquemas, foram englobadas praticamente todas as grandes obras públicas de construção civil realizadas pelo ente público, algumas delas custeadas com recursos federais, inclusive provenientes do Programa de Aceleração do Crescimento. Dentre elas, destacam-se a construção do Arco Metropolitano1 , a urbanização de grandes comunidades carentes na cidade do Rio de Janeiro, ação vulgarmente denominada por “PAC Favelas”2 e as obras da Linha 4, aponta o órgão federal.