Publicado 12/09/2019 11:54 | Atualizado 12/09/2019 14:14
Rio - Um estudante de 16 anos foi assassinado, no início da manhã desta quinta-feira, quando estava a caminho da escola, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. De acordo com familiares, Breno Belo Valuche tinha acabado de sair de casa, por volta das 6h30, e estava em um ponto de ônibus na esquina da rua de sua casa, quando foi abordado por dois bandidos armados, que estavam em um Nissan Versa branco, na Rua Curtidor, no bairro Boa Esperança.
"Ele tinha acabado de perder um ônibus. O carro em que os bandidos estavam era de um motorista de aplicativo, que estava sendo feito refém. O veículo se aproximou e os bandidos pediram o telefone dele. Infelizmente ele não quis dar e atiraram", conta a prima Ana Júlia Ferraz, de 17 anos.
Ana Júlia afirma que os criminosos deram um tiro inicial, que acertou Breno no peito. Foi então que ele resolveu entregar o aparelho dizendo que "não tinha necessidade disso". Os bandidos, no entanto, se irritaram pelo estudante ter reagido ao assalto.
"Ele foi entregar o telefone, mas o assaltante disse que não queria mais, porque ele estava com muita marra e deram mais sete tiros nele", a prima afirma, dizendo que o estudante foi atingido na cabeça e no peito, caiu com o celular na mão e morreu na hora. Ela conta ainda que os bandidos não levaram nenhum pertence dele.
Ainda segundo a prima, depois do crime, os assaltantes abandonaram o carro de aplicativo e roubaram outro para fugir. Foi quando o motorista de aplicativo sequestrado foi até a casa da família do adolescente.
PRÓXIMO DA FAMÍLIA
Breno cursava o primeiro ano do Ensino Médio na Escola Municipal Monteiro Lobato, que fica no Centro de Nova Iguaçu, pela manhã. À tarde, ele trabalhava com um tio em uma loja de suprimentos para carros.
Ele morava com a avó, porque queria ficar próximo dos primos. A mãe mora no bairro Ambaí, que fica a cerca de 3 km de Boa Esperança, e recentemente fez um convite para ele se mudar e ficar com ela.
"Ele não quis ir porque sempre gostou dos primos. Como a mãe mora com o pai e o irmão, ele preferiu ficar com a avó", afirma Ana Júlia, dizendo que avó passou mal quando soube da morte do neto e que a mãe está inconformada. "Ela (a mãe) está arrasada, sem acreditar ainda, não consegue falar nada, esttá abalada. Ela chora, fala que não acredita, que ele não merecia isso, que era um menino muito bom e que não acredita que ele morreu e grita a todo o momento".
Além dos familiares, amigos próximos de Breno também estão inconformados com a morte precoce do estudante.
"Todo mundo está sofrendo. Todo mundo gostava dele, era próximo. Ele era um menino muito bom. Não fazia maldade com ninguém, fazia o que a idade permitia fazer, tinha responsabilidade com a coisas. Ninguém acredita", a prima lamenta.
A investigação da morte do estudante está sob a responsabilidade da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). Os policiais civis fizeram a perícia no local do crime e, por volta das 11h40, o corpo do jovem foi encaminhado ao IML de Nova Iguaçu.
"Os agentes procuram possíveis testemunhas e imagens de câmeras de segurança instaladas no local onde ocorreu o fato para tentar identificar a autoria do crime", a Polícia Civil disse, em nota.
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