Publicado 20/09/2019 11:58 | Atualizado 21/09/2019 10:05
Rio - A região do 14º BPM (Bangu), na Zona Oeste do Rio, ganhou, nesta sexta-feira, um reforço no combate ao crime: o Programa Segurança Presente em Bangu. A área é uma das 13 que registraram aumento de roubo de rua (somatório dos roubos a pedestres, de celulares e em ônibus) nos oito primeiros meses desse ano em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo o Instituto de Segurança Pública (ISP), as ocorrências cresceram em 10%: saltaram de 4.895 casos em 2018 para 5.386 esse ano.
O programa foi lançado pelo governador Wilson Witzel, que voltou a dizer que as forças de segurança pública do Estado vão continuar abatendo quem estiver armado com um fuzil. Antes, ele assistiu a uma missa na Paróquia Santa Cecília, no Centro de Bangu.
"O criminoso não tem piedade. Eles não têm compromisso com a vida humana, banalizam as famílias. Nas comunidades, eles estupram as meninas, barbarizam as famílias e fazem a sua própria lei. Mas isso, senhores e senhoras, por Deus, por tudo que eu acredito, tem os seus dias contatos no Estado do Rio de Janeiro", prometeu Witzel.
A Operação Segurança Presente em Bangu vai funcionar das 8h às 20h, e irá ocupar o centro comercial do bairro, na Avenida Cônego de Vasconcelos (Calçadão de Bangu). Ao todo, serão 60 agentes fixos, entre policiais militares e agentes civis que estarão trabalhando na operação.
"O crime organizado não é maior que o Estado. E nós não vamos permitir que eles continuem zombando das nossas caras, serão combatidos, serão caçados nas comunidades. E aqueles que não se entregarem, que não tirarem o fuzil do tiracolo, serão abatidos, porque não merecem viver aqueles que atiram contra o povo e contra a população", enfatizou o governador.
Moradores do bairro comemoram a chegada dos agentes. "É bom que a gente vai poder andar nas ruas com mais segurança. O policiamento está aí pra todos, mas é preciso resultados. Espero que eles nos tragam a sensação de segurança necessária", diz a dona de casa Sandra Teixeira.
Enquanto o ISP registrou o menor número de homicídios dolosos desde 2013 no estado, o de mortes causadas pela polícia continuam a bater recorde. Foram 1.249 registros entre janeiro e agosto desde ano, uma média de cinco mortes por dia, apresentando um crescimento de 16% na comparação com o mesmo período do ano passado. O crime está em seu maior patamar desde 1998.
Policial morto
Em seu discurso, Witzel lembrou da morte do cabo PM Leonardo Oliveira dos Santos, lotado no 12° BPM (Niterói), morto com um tiro na cabeça na tarde desta quinta-feira, durante um ataque criminoso na Rodovia RJ-104, no bairro Caramujo, em Niterói, Região Metropolitana do Rio. O corpo do agente será sepultado na tarde de hoje em São Gonçalo.
"Hoje nós estamos enterrando um cabo da Polícia Militar. Estamos enterrando mais um herói, que deixa família, deixa filhos e que deixa o convívio dos nossos irmãos e irmãs de farda. Infelizmente, nós estamos devolvendo ele não com a aposentadoria, nós o devolvemos a família num caixão. Mas essa batalha, nós sabemos, nós fomos forjados na guerra. Nós fomos preparados para a dor e jamais nos abateremos. A nossa Polícia Militar é formada por homens e mulheres que sabem do seu valor. E sabem que são a última trincheira entre o bem e o meu", disse Witzel.
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