Publicado 22/09/2019 15:10 | Atualizado 22/09/2019 15:10
Rio - A Polícia Civil enviará para perícia as armas dos policiais militares que estavam em patrulhamento na noite de sexta-feira no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio, no momento em que a menina Agatha Vitória Sales Félix, de 8 anos, foi atingida nas costas por um tiro de fuzil dentro da Kombi em que viajava.
Aghata foi levada para o hospital, mas não resistiu ao ferimento e morreu na madrugada deste sábado. A Polícia Militar alega que os agentes que atuavam no local tinham sido alvo de criminosos, mas parentes da menina e testemunhas relataram que não houve confronto e que os policiais teriam atirado contra uma motocicleta que passava na hora, com dois homens a bordo.
As armas dos policiais militares passarão por confronto balístico com o projétil retirado do corpo da vítima no Instituto Médico Legal. De acordo com a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), familiares de Ágatha Félix já prestaram depoimento neste sábado, e novas testemunhas serão ouvidas a partir desta segunda-feira.
No decorrer dessa semana, a polícia determinará a data para a reconstituição do disparo que vitimou Agatha. O corpo da menina será enterrado às 16h deste domingo, no cemitério de Inhaúma, na Zona Norte do Rio.
A morte de Agatha causou comoção e motivou críticas de entidades à política de segurança pública do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC). A Defensoria Pública do Estado condenou a "opção pelo confronto", enquanto a seção Rio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ) destacou o "recorde macabro" de 1249 pessoas mortas pela polícia no estado de janeiro a agosto.
O assunto também mobilizou a internet. A hashtag a "A culpa é do Witzel" figurou entre as mais citadas no ranking do Twitter Brasil ao longo do dia de sábado.
Moradores, parentes e amigos da família de Agatha participaram de um protesto contra a violência policial nas comunidades que formam o Complexo do Alemão. Em vídeos postados nas redes sociais pelo jornal comunitário Voz das Comunidades, era possível ver os manifestantes carregando faixas com nomes de algumas das vítimas de confrontos e mensagens como "Parem de nos matar", "Chega de morte" e "Não quero enterrar meu filho". Os líderes do protesto pediam um basta à violência e ao uso de helicópteros da polícia que têm sobrevoado as comunidades fazendo disparos contra a favela.
Em nota, a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro informou que lamentava "profundamente a morte da pequena Ágatha no Complexo do Alemão" e manteve a versão de que os agentes apenas revidaram a uma agressão de criminosos "quando foram atacados de várias localidades da comunidade de forma simultânea". No entanto, a Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP) comunicou que abrirá "um procedimento apuratório para verificar todas as circunstâncias da ação".
Aghata foi levada para o hospital, mas não resistiu ao ferimento e morreu na madrugada deste sábado. A Polícia Militar alega que os agentes que atuavam no local tinham sido alvo de criminosos, mas parentes da menina e testemunhas relataram que não houve confronto e que os policiais teriam atirado contra uma motocicleta que passava na hora, com dois homens a bordo.
As armas dos policiais militares passarão por confronto balístico com o projétil retirado do corpo da vítima no Instituto Médico Legal. De acordo com a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), familiares de Ágatha Félix já prestaram depoimento neste sábado, e novas testemunhas serão ouvidas a partir desta segunda-feira.
No decorrer dessa semana, a polícia determinará a data para a reconstituição do disparo que vitimou Agatha. O corpo da menina será enterrado às 16h deste domingo, no cemitério de Inhaúma, na Zona Norte do Rio.
A morte de Agatha causou comoção e motivou críticas de entidades à política de segurança pública do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC). A Defensoria Pública do Estado condenou a "opção pelo confronto", enquanto a seção Rio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ) destacou o "recorde macabro" de 1249 pessoas mortas pela polícia no estado de janeiro a agosto.
O assunto também mobilizou a internet. A hashtag a "A culpa é do Witzel" figurou entre as mais citadas no ranking do Twitter Brasil ao longo do dia de sábado.
Moradores, parentes e amigos da família de Agatha participaram de um protesto contra a violência policial nas comunidades que formam o Complexo do Alemão. Em vídeos postados nas redes sociais pelo jornal comunitário Voz das Comunidades, era possível ver os manifestantes carregando faixas com nomes de algumas das vítimas de confrontos e mensagens como "Parem de nos matar", "Chega de morte" e "Não quero enterrar meu filho". Os líderes do protesto pediam um basta à violência e ao uso de helicópteros da polícia que têm sobrevoado as comunidades fazendo disparos contra a favela.
Em nota, a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro informou que lamentava "profundamente a morte da pequena Ágatha no Complexo do Alemão" e manteve a versão de que os agentes apenas revidaram a uma agressão de criminosos "quando foram atacados de várias localidades da comunidade de forma simultânea". No entanto, a Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP) comunicou que abrirá "um procedimento apuratório para verificar todas as circunstâncias da ação".
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