O PM flagrado atirando após o enterro do corpo de Kelvin (detalhe)  - Reprodução de vídeo
O PM flagrado atirando após o enterro do corpo de Kelvin (detalhe) Reprodução de vídeo
Por O Dia
Rio - Um policial militar foi preso em flagrante, na tarde desta sexta-feira, ao agredir e ameaçar manifestantes após enterro de menino Kelvin, 17, no Cemitério de Irajá, na Zona Norte do Rio. O jovem morreu após ser baleado, na noite desta quinta-feira, enquanto cortava o cabelo numa barbearia, na comunidade Para-Pedro, também em Irajá.
Um vídeo divulgado pelo ativista Raul Santiago mostra o momento em que o militar agride um manifestante e atira para o alto. De acordo com a publicação de Raul, familiares e amigos que estavam presentes no sepultamento resolveram realizar um protesto, interditando a Estrada do Colégio, em frente ao Cemitério. Policiais que acompanhavam a mobilização, chegaram para reprimir o ato e, em determinado momento, o militar agride um rapaz. Confira o vídeo!
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Procurada, a PM informou "acompanhou o sepultamento por medida de segurança. Após o enterro, um grupo que participava do cortejo obstruiu a via e depredou um ônibus que passava pela Avenida Monsenhor Felix. Policiais intervieram e resgataram o motorista do ônibus. Houve um princípio de tumulto, momento em que um dos policiais se descontrolou e realizou disparos de arma de fogo. O militar foi preso em flagrante e encaminhado à 2ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM). Ele será avaliado e acompanhado pelo setor de psicologia".
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A corporação ainda informou que "os vídeos que circulam nas redes sociais estão sendo analisados e serão utilizados na apuração da Corregedoria".
Operação na comunidade Para-Pedro
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Cinco pessoas foram baleadas, na noite desta quinta-feira, durante uma operação do 41º BPM (Irajá) na comunidade Para-Pedro, em Irajá, Zona Norte do Rio. Entre os feridos, estava Kelvin Gomes Cavalcante, de 18 anos. O jovem estava em uma barbearia quando foi atingido. Ele chegou a ser levado para o PAM de Irajá, mas não resistiu. 
Ainda nesta quinta-feira, em represália à morte do menino, moradores atearam fogo em pneus e interditaram a Avenida Pastor Martin Luther King.