Segurança na Cinelândia: polícia cercou a área em frente à Câmara dos Vereadores e manteve motoristas de aplicativos longe de taxistas, para evitar tumultos e violência - Fotos de Ricardo Cassiano
Segurança na Cinelândia: polícia cercou a área em frente à Câmara dos Vereadores e manteve motoristas de aplicativos longe de taxistas, para evitar tumultos e violênciaFotos de Ricardo Cassiano
Por RENAN SCHUINDT
Rio - Motoristas de aplicativo e taxistas fazeram uma manifestação, na tarde desta terça-feira, em frente à Câmara Municipal, na Cinelândia, no Centro do Rio. O motivo do protesto é a votação do projeto de lei (PLC 78/2018) que estabelece regras para o transporte de passageiros por aplicativos, que acontece a partir das 16h. Os manifestantes gritaram palavras de ordem e trouxeram cartazes com dizeres contra o projeto de lei e chegaram até uma das entradas da Casa, mas foram barrados por seguranças e policiais que agem no entorno. O DIA acompanha a movimentação; assista aos vídeos:
Representantes dos motoristas falam sobre protestos: 
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Leonardo Teco, representante dos taxistas, esclareceu que a confusão que aconteceu na semana passada, com taxistas entrando a força na Câmara dos Vereadores, não é a orientação da frente do táxi. "A orientação é trazer o vereador pra discussão. Não adianta agredir o vereador, isso o afasta da categoria. Nós queremos sentar e iniciar uma conversa. Já tiramos alguns artigos que desfavoreciam os aplicativos. Nós estamos dispostos a sentar e dialogar. É isso que o taxista tá pedindo, que o vereador venha, sente e inicie uma discussão, e nem isso eles estão querendo fazer. Foi isso que gerou aquela violência toda da semana passada", contou.
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Já Denis Moura, porta-voz dos motoristas da Uber, contou que a categoria não pode apoiar um projeto que todos os artigos sejam proibitivos. "Ela (projeto) se disfarça de regulamentação mas se baseia no estudo do COPPE, que o objetivo fica bem claro: diminuir o número de carros. Só que quem dirige carros são pessoas e pessoas são trabalhadoras. Se você tirar carro, você tira trabalhador. Eu gostaria muito de um projeto que empregasse os 120 mil motoristas e não tirassem eles da rua". Questionado quanto a expectativa da votação, o porta-voz foi claro e disse que "o projeto não pode ser votado em hipótese alguma". "O presidente deu uma recuada e disse que na quinta-feira quer conversar com as duas categorias", completou.
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Mais cedo, a Polícia Militar reforçou o esquema de segurança no entorno, com grades cercando a Câmara, para impedir invasões e tumulto, como na última terça-feira, em que houve confusão. Parte dos manifestantes ocupa a Praça Floriano, na Cinelândia. Alguns taxistas seguem em carreata desde a Ilha do Governador até o local do protesto.
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Taxistas batem boca com vereador na Cinelândia
Motoristas protestam na Cinelândia - Ricardo Cassiano / Agência O Dia
Uma das emendas do projeto pede a retirada da decisão que limita a quantidade de carros por habitantes, alegando inconstitucionalidade. No texto-base, o tempo de vida dos carros seria de quatro anos, mas uma emenda pede que seja de oito anos. Continua valendo a regra que obriga que todos os motoristas sejam registrados na Secretaria Municipal de Transportes.