Por O Dia
Rio - O prefeito Marcelo Crivella e a secretária municipal de Saúde, Beatriz Busch, anunciaram, nesta sexta-feira, um pacote de medidas para reforçar o atendimento na rede municipal de saúde do Rio. Na cerimônia que aconteceu no Palácio da Cidade, em Botafogo, na Zona Sul do Rio, foi anunciado a convocação de 301 médicos concursados, a contratação de outros 81 profissionais da saúde e a abertura de concurso para mais 53 médicos de saúde da família.
"Estamos chamando 301 novos médicos aprovados em concursos para trabalhar conosco, e essa é uma grande vitória para o Rio de Janeiro, nessa crise tremenda. Tem mais 81 funcionários que estão tomando posse na semana que vem, entre técnicos, nutricionistas e terapeutas" informou o prefeito do Rio, Marcelo Crivella.
Publicidade
Crivella e a secretária de Saúde anunciaram ainda medidas para solucionar problemas que estão acontecendo com a Organização Social (OS) IPCEP, que tem contratos para gestão de 33 clínicas da família na Zona Oeste. A OS cometeu falhas administrativas que resultaram em atraso no pagamento dos servidores. A empresa tem sido punida reiteradamente pela Prefeitura. O contrato termina em 31 de dezembro e a IPCEP deverá ser substituída pela RioSaúde, empresa municipal que tem demonstrado melhores resultados na administração de outras unidades, como o Hospital Rocha Faria, em Campo Grande.
"Essa OS não conseguiu colocar médicos nas clínicas. Não é questão de salário. O problema é administrativo. Vamos então garantir que não falte médico em nenhuma clínica de saúde da família", explicou Crivella.
Publicidade
Beatriz Busch informou que 40 médicos servidores serão transferidos para essas 33 clínicas de família para garantir que não falte atendimento à população. Eles não vão substituir os médicos já contratados, mas, sim, reforçar a equipe no horário de expediente. A decisão será publicada na semana que vem no Diário Oficial, com informações sobre nomes dos médicos, escala de serviço e telefone fixo das clínicas.
Outra ferramenta em estudo que vai ajudar nesse atendimento é a da tecnologia. A chamada telemedicina, que permite atendimento remoto, será uma saída para situações em que a ida do médico às clinicas da família fica inviável. Como, por exemplo, por episódios de violência.
Publicidade
"Nos últimos 40 dias, tivemos 209 eventos de fechamento de clínica de família, integral ou parcial, motivados por violência. Há clínicas hoje em locais de violência deflagrada, de muito difícil acesso. O prefeito já deu a ordem: nenhuma clínica será fechada, ainda que sirva apenas para abrigar alguém numa situação de pânico. Estamos avançando na telemedicina e colocaremos acesso remoto para que a pessoa não seja prejudicada e tenha orientação no seu tratamento", disse a secretária de Saúde.