Rio, 25/10/2019, Situacao do transito na Avenida Brasil na altura do INTO apos mudancas nas vias, elevador fora de operacao para pacientes do INTO, foto de Gilvan de Souza / Agencia O Dia - Gilvan de Souza / Agencia O Dia
Rio, 25/10/2019, Situacao do transito na Avenida Brasil na altura do INTO apos mudancas nas vias, elevador fora de operacao para pacientes do INTO, foto de Gilvan de Souza / Agencia O DiaGilvan de Souza / Agencia O Dia
Por Thuany Dossares

Rio - A primeira semana após as alterações no trânsito, na altura do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), por conta das obras do BRT Transbrasil, foi marcada pelas dificuldades enfrentadas por passageiros de ônibus. O motivo: a mudança do local de parada dos coletivos. O novo ponto de embarque e desembarque, na pista central da Avenida Brasil, é um pouco mais distante do Into, e pessoas com problemas de mobilidade precisam andar mais para acessar a calçada da unidade de saúde. A situação ainda se agrava pela falta de elevador no novo ponto.

"Esses poucos metros a mais que a gente tem que andar, para quem é deficiente, se tornam muita coisa", desabafou Luís Ventura da Silva, de 61 anos, que tem parte da perna esquerda amputada.

Os elevadores, para atender principalmente pacientes da unidade ortopédica, estão interditados. Os equipamentos ficavam nos antigos pontos de ônibus.

Há cinco anos, Luís frequenta o Into. Sem elevadores, pessoas com dificuldade de locomoção são obrigadas a subir rampas e atravessar a passarela para chegar ao hospital.

"Antes, eu andava o referente a uma pista e tinha o elevador. Agora, eu ando mais e não tem elevador. Na rampa, eu faço muito mais esforço. Não construíram outro elevador na pista nova, e o que tinha está fechado", reclamou Luís.

Apoiada numa bengala, a aposentada Maria de Fátima Marcolino, de 65, também teve dificuldades para subir a rampa e atravessar a passarela até o Into. "Eu tenho problema na coluna. Andar isso tudo, subir rampa, me faz sentir muita dor", contou.

 

Trânsito não foi prejudicado com as mudanças
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Além da orientação dos agentes da CET-Rio, para sinalizar que a pista central é exclusiva dos ônibus, há placas com essa informação. Também indicam os pontos de embarque e desembarque de ônibus, vindos da Ponte e da Avenida Brasil.
A nova configuração das pistas não prejudicou o trânsito. Em alguns casos, passageiros relatam até redução no tempo de viagem.
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A estagiária de Administração Mariana Batista, de 19 anos, disse que desceu no novo ponto do Into quase uma hora mais cedo: "Venho de São Gonçalo, saio de casa às 6h. Antes, estava chegando aqui às 8h40, mais ou menos, agora cheguei antes das 8h", relatou.
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Secretaria promete trocar equipamento
Segundo a Secretaria Municipal de Infraestrutura, Habitação e Conservação, a transferência do ponto de ônibus é provisória: "Para a construção da estação Into, do BRT TransBrasil, a pista teve que ser interditada no local onde ficava o ponto de ônibus", afirmou a pasta, em nota.
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Ainda segundo a secretaria, "todos os elevadores existentes serão remanejados para a nova passarela, que já está sendo construída, uma vez que a atual interfere na estação do BRT e na nova via projetada".
Já a Secretaria Municipal de Transporte informou, também por nota, que "todos os ônibus que vêm da pista central da Avenida Brasil devem entrar no piso rígido, exceto os com destino a Niterói, que devem acessar a pista junto ao Into. Os ônibus que circulam na pista lateral, sentido Centro, devem acessar a Rua Bela, a Rua Conde de Leopoldina e a pista lateral da Brasil".
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