Rio - A primeira semana após as alterações no trânsito, na altura do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), por conta das obras do BRT Transbrasil, foi marcada pelas dificuldades enfrentadas por passageiros de ônibus. O motivo: a mudança do local de parada dos coletivos. O novo ponto de embarque e desembarque, na pista central da Avenida Brasil, é um pouco mais distante do Into, e pessoas com problemas de mobilidade precisam andar mais para acessar a calçada da unidade de saúde. A situação ainda se agrava pela falta de elevador no novo ponto.
"Esses poucos metros a mais que a gente tem que andar, para quem é deficiente, se tornam muita coisa", desabafou Luís Ventura da Silva, de 61 anos, que tem parte da perna esquerda amputada.
Os elevadores, para atender principalmente pacientes da unidade ortopédica, estão interditados. Os equipamentos ficavam nos antigos pontos de ônibus.
Há cinco anos, Luís frequenta o Into. Sem elevadores, pessoas com dificuldade de locomoção são obrigadas a subir rampas e atravessar a passarela para chegar ao hospital.
"Antes, eu andava o referente a uma pista e tinha o elevador. Agora, eu ando mais e não tem elevador. Na rampa, eu faço muito mais esforço. Não construíram outro elevador na pista nova, e o que tinha está fechado", reclamou Luís.
Apoiada numa bengala, a aposentada Maria de Fátima Marcolino, de 65, também teve dificuldades para subir a rampa e atravessar a passarela até o Into. "Eu tenho problema na coluna. Andar isso tudo, subir rampa, me faz sentir muita dor", contou.