Publicado 10/10/2019 20:02 | Atualizado 10/10/2019 20:48
Rio de Janeiro - Terminou no início da noite desta quinta-feira, dia 10, os depoimentos de dois policiais militares que afirmaram terem atirado na ação que terminou com a morte da menina Ágatha Félix, de 8 anos. A criança foi morta no Complexo do Alemão no dia 20 de setembro, quando voltava para casa com a mãe em uma kombi.
Os relatos dos dois soldados duraram cerca de cinco horas e tiveram a presença do comandante da UPP Fazendinha, que também depôs. Os agentes não tiveram os nomes revelados. Segundo o promotor Paulo Roberto Mello Cunha Júnior, da Auditoria Militar, os policiais reafirmaram o que já relataram à Polícia Civil: de que reagiram a um ataque de criminosos. Um deles afirma ter feito um disparo; outro, dois. A mesma versão já tinha sido relatada à Polícia Civil. No entanto, moradores negam a versão da troca de tiros.
O comandante da UPP foi ouvido para "obter informações mais amplas sobre o contexto geral em que os fatos se deram, as condições de trabalho dos policiais na localidade", afirmou o promotor, que pretende ouvir os outros policiais envolvidos. Ainda não há data para esses novos depoimentos.
"O Ministério Público da Auditoria Militar instaurou um procedimento de investigação direta para apurar a parte relacionada à eventuais crimes militares conexos com o crime de Homicídio. Pretendemos ouvir ainda outros policiais e testemunhas", disse Mello Cunha Júnior.
Indagados a respeito de uma suposta invasão ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, para onde a menina foi socorrida, eles negaram a ação. Denúncia feita pela Revista Veja afirma que médicos relataram a entrada de policiais militares em busca do projétil que matou Ágatha e que estava em seu corpo.
O assassinato de Ágatha está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital, que já realizou uma reprodução simulada da sua morte.
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