Publicado 23/10/2019 12:46
Rio - A família do presidente do Guadalupe Country Clube, assassinado a tiros na noite desta terça-feira, não sabe o que motivou o crime, já que Carlos Alberto Dantas de Oliveira não tinha desavenças com ninguém e era muito querido no bairro da Zona Norte. O filho mais velho de Carlinhos, como era conhecido, Leonardo Lopes Dantas, de 38 anos, conta que testemunhas disseram que o assassino agiu com frieza.
"As pessoas disseram que um meliante entrou com uma touca ninja, deu uns quatro tiros no meu pai e saiu do clube andando normalmente. Meu pai não tinha problema com ninguém, ele era a pessoa mais popular do bairro, ajudava muita gente, não tinha inimigos e era muito querido. Não tenho a mínima ideia do porquê fizeram isso", declarou o filho da vítima.
Leonardo disse ainda que soube da morte do pai por telefone minutos depois do assassinato, mas só acreditou quando os moradores do bairro começaram a repercutir o ocorrido. Segundo ele, muitas pessoas foram para porta do clube lamentar o crime.
"Quando você recebe uma notícia dessa, você não quer acreditar, eu senti como se meu coração tivesse parado. Meu telefone não parou de tocar, o bairro todo começou a falar, a porta do clube ficou cheia e só ali eu vi que era verdade. Eu não desejo isso para ninguém, meu pai era tudo para mim, meu espelho."
A Delegacia de Homicídios da Capital (DHCapital) realizou perícia no clube e instaurou inquérito para apurar as circunstâncias da morte da vítima. Segundo a Polícia Civil, diligências estão em andamento para esclarecer o caso. O corpo de Carlos foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), mas até às 12h, ainda não havia sido liberado. Não há informações sobre o velório da vítima. Carlinhos não era casado, mas deixa quatro filhos e sete netos.
"Não tem o que fazer, agora é deixar nas mãos de Deus, deixar as autoridades trabalharem e torcer para o rapaz que fez isso, não fazer com mais ninguém, porque ele com certeza sabe o mal que causou. Eu vou fazer 39 anos semana que vem e esse foi o presente que eu ganhei. Para a gente vai restar a saudade", lamentou Leonardo.
*estagiária sob a supervisão de Maria Inez Magalhães
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