Fernanda passou por um sufoco para deixar São Paulo no último dia 24 - Arquivo Pessoal
Fernanda passou por um sufoco para deixar São Paulo no último dia 24Arquivo Pessoal
Por RAI AQUINO
Rio - A empresária Fernanda Cruz, de 32 anos, passou por um situação desesperadora e ao mesmo tempo inusitada durante uma ida a São Paulo na última semana. Quando estava voltando da capital paulista para o Rio, no dia 24, ela viu que poderia perder seu voo, marcado para às 18h10 daquele dia, e ficar de fora da festa de aniversário do filho, na mesma noite. Mas graças ao motorista de aplicativo Alan Lopes, 22, a viagem teve outro desfecho.
Fernanda disse que a poucas horas para o fim do embarque estava presa no trânsito da capital paulista, mesmo estando muito próxima ao Aeroporto de Congonhas. Ela imaginou que jamais chegaria a tempo e, além de perder a comemoração do filho, não teria dinheiro para comprar outra passagem, que por ter sido comprada a preço promocional, não dava direito a reembolso.
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"Eu olhei no aplicativo e tava dando a hora que eu chegaria no aeroporto. A princípio, eu chegaria às 18h01 e o embarque terminava às 17h55", contou ao DIA. "Começou a me bater um desespero e o Alan falou 'calma, estou olhando pelo aplicativo para ver uma alternativa'. Mas estava tudo engarrafado. Não tinha para onde correr e comecei a ficar nervosa".
A empresária contou que com o passar do tempo, a previsão de chegada no aeroporto só aumentava. Foi então que ao perceber sua aflição, o motorista saiu do trânsito, parou o carro em uma rua, encerrou a corrida, pegou as duas malas e parte de algumas bolsas que ela carregava e pediu "corre, Dona Fernanda! Vamos correr!"; e seguiram por uma passarela.
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"Ele ia correndo e eu meio desnorteada. Fiquei com falta de ar, comecei a sentir dor no joelho. A passarela era gigante, a gente cheio de bolsa, eu parava no meio sem conseguir respirar direito e o Alan sempre ''vamos, falta pouco. Você vai conseguir'", relembra.
O motorista Alan Lopes deu uma senhora ajuda para a passageira - Arquivo Pessoal
AJUDA TAMBÉM NO AEROPORTO
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A carioca contou que o trajeto, que durou menos de cinco minutos, a levou para a frente da área da companhia aérea de sua passagem.
"Eu já tinha feito check-in online. Peguei as bolsas correndo, o Alan ainda pegou um carrinho, colocou tudo e falou 'vai com Deus. Tomara que você consiga'. Agradeci rapidamente e fui embora", afirma.
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Ao chegar na área da companhia Fernanda ainda teve a ajuda de uma funcionária da empresa que avisou que o voo estava atrasado e ainda daria tempo de ela embarcar. 
PROCURA-SE ALAN!
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Depois do sufoco, já no Rio, Fernanda tentou entrar em contato com o motorista pelo aplicativo, mas não teve retorno. Ela resolveu publicar a história na Internet e rapidamente viralizou. Até o momento, o post sobre a saga da empresária em São Paulo teve mais de 50 mil comentários e cerca de 80 mil compartilhamentos.
"Eu nunca imaginei que iria ter tanto compartilhamento. Tive que desativar os comentários porque tava travando o meu celular", disse, contando que foi graças à publicação que conseguiu o contato do "anjo paulista". "Uma pessoa nessa postagem comentou que era amiga do Alan, me mandou mensagem, enviando o perfil da esposa dele", relembra.
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Fernanda mandou mensagem para a mulher, que também rapidamente lhe respondeu, avisando que iria pedir para o marido retornar. Foi o que aconteceu, quando ela teve a oportunidade de agradecer ao gesto nobre.
"Falei para ele que não tinha tinha condições financeiras para mandar um presentão, mas queria enviar uma lembrancinha. Falei até que outras pessoas estavam me pedindo o contato dele para enviar algo também", conta. "Ele respondeu que não precisava, que estava muito feliz de eu ter conseguido embarcar e de eu ter agradecido porque ele só fez a parte dele e que eu merecia também porque ficou muito comovido com a minha historia", orgulha-se.
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Fernanda diz que mesmo depois de uma semana da história circular na Internet, ainda recebe mensagens de pessoas perguntando se ela já conseguiu falar com o motorista e se quer ajuda para falar com ele. A empresária também se surpreende com a quantidade de pessoas que falam com ela para agradecê-la pelo compartilhamento da história.
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"Tem gente até de Portugal me procurando, uma menina do Japão... gente de todo canto. Uma motorista de aplicativo disse que estava lisonjeada com meu relato, que a atitude a ajudou muito", anima-se.