
Para a vereadora Teresa Bergher (PSDB), a Câmara agora deve se debruçar sobre a questão da Transolímpica, pois só uma CPI poderá trazer informações estratégicas sobre o número de veículos que trafegam na via e o lucro da empresa concessionária.
“A Transolímpica já devia estar sendo discutida aqui também. Afinal de contas, o pedágio é exatamente no mesmo valor, de R$ 7,50, e tem duas praças de pedágio. Está na hora de se rever isso também, de se fazer uma análise profunda dessa concessão. Essas concessões normalmente são caixas-pretas e só agora, através dessa CPI que fizemos na Câmara, nós tivemos acesso a informações que antes eram totalmente desconhecidas”, disse Teresa Bergher.
O presidente da Câmara, vereador Jorge Felippe (MDB) disse que a iniciativa de se trazer o assunto à Casa deve ser do Poder Executivo, assim como foi com a Linha Amarela.
“Eu acho que é uma questão que o prefeito deve propor à Câmara. Eu também acho exorbitante o valor do pedágio da Transolímpica, como o da Linha Amarela. Basta cotejar com o que ocorre hoje na Ponte Rio-Niterói [que custa R$ 4,30, pago em um único sentido]. Você vê, flagrantemente, o exagero na cobrança desses pedágios na cidade do Rio de Janeiro”, disse Jorge Felippe.
A Transolímpica tem 26 km de extensão e liga a Barra da Tijuca e o Recreio dos Bandeirantes à Magalhães Bastos e Deodoro. Foi criada para ligar dois pólos de eventos dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016: o Parque Olímpico da Barra e o Parque Olímpico de Deodoro.
A empresa Viario, que explora a Transolímpica, foi procurada, por meio de sua assessoria, mas até a publicação desta matéria ainda não havia se posicionado. A Viario é composta pelas empresas CCR, com 66,66% do capital, e a Invepar, com 33,34%. A Invepar também está presente na Linha Amarela, com 100% do capital, assim como no Metrô Rio, também com 100%, e no VLT do Rio de Janeiro, com 24,8%, entre outras concessionárias de rodovias pelo país.