Audiência pública realizada pela Comissão de Saneamento Ambiental da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) - Foto: Julia Passos
Audiência pública realizada pela Comissão de Saneamento Ambiental da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj)Foto: Julia Passos
Por O Dia
Rio - De acordo com a nova proposta de modelagem tarifária da Cedae, aproximadamente 52% das residências poderão ser beneficiadas com redução no valor de suas contas. A informação foi passada nesta terça-feira pelo diretor financeiro da companhia, José Bandeira de Mello Jr., durante audiência pública realizada pela Comissão de Saneamento Ambiental da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).

Bandeira afirmou que caso o novo redesenho tarifário seja aprovado pelo Conselho Diretor (Codir) da Agenersa, os setores comercial e residencial terão uma expressiva redução nas contas e a inadimplência também cairá. "Hoje temos um índice alto de inadimplência, mas quando as contas ficarem mais baratas vai facilitar para que o consumidor possa manter as suas contas em dia. Vai pagar mais, quem gasta mais. O pequeno consumidor será beneficiado", garantiu.
Para ele, as modificações aumentam a transparência e incentivam o consumo consciente. "As mudanças objetivam tornar mais transparente a relação com nossos clientes e a trabalharmos ainda mais alinhados com as normas e diretrizes da política ambiental, reduzindo o desperdício", explicou. Ele informou também que as modificações não implicariam nos critérios já existentes de acesso ao benefício da tarifa social.

O presidente da Cedae, Helio Cabral, informou que serão investidos R$ 40 milhões no parque de hidrômetros. "Temos um milhão e 200 mil hidrômetros e cerca de 400 mil consumidores que pagam por estimativa, calculada pelo tamanho da casa ou simplesmente porque a empresa não foi lá colocar o hidrômetro. Com essa nova modelagem tarifária teremos uma medição progressiva de consumo para que a pessoa pague exatamente o que gasta. Nós vamos acabar com a cobrança por estimativa. A Cedae só irá cobrar o que estiver marcado no relógio", afirmou Cabral.

O gerente da Câmara Técnica de Regulação da Cedae na Agenersa, Roosevelt Brasil, disse que a adequação da estrutura tarifária da Cedae foi desenvolvida de acordo com o exemplo da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa-MG). "Esse redesenho é necessário em função das várias demandas de usuários, condomínios e até do Ministério Público. Esse novo modelo começou na Copasa e a Cedae deve ser a segunda a adotar no Brasil. O usuário não quer pagar mais do que ele consome. Essa nova modelagem traz mais transparência e é mais justa para o consumidor", afirmou.

Presidente da comissão, o deputado Gustavo Schmidt (PSL) aprovou o novo modelo proposto pela Cedae. "Fiquei muito satisfeito com o que foi apresentado aqui. A companhia foi transparente, não escondendo números e demonstrando o quanto é importante esse redesenho tarifário. A comissão continuará a fiscalizar e a acompanhar as mudanças", afirmou o parlamentar.

Os deputados Luiz Paulo (PSDB), Lucinha (PSDB), Carlos Caiado (DEM) e Jair Bittencourt ( PP) também participaram da reunião.