Patrícia Amieiro foi morta após seu carro ser alvo de disparos dados por policiais militares, de acordo com o MP - Reprodução
Patrícia Amieiro foi morta após seu carro ser alvo de disparos dados por policiais militares, de acordo com o MPReprodução
Por O Dia
Rio - Quatro policiais militares acusados de participar da morte da engenheira Patrícia Amieiro, em 2008, tiveram recurso negado pela 8ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). Os envolvidos, Marcos Paulo Nogueira Maranhão e Willian Luis do Nascimento respondem por homicídio tentado e por fraude processual por terem alterado o local do crime. Fábio da Silveira Santana e Márcio Oliveira dos Santos respondem apenas por fraude processual.
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Em setembro deste ano, a defesa dos acusados conseguiu uma liminar que adiava a sessão com o argumento de que o novo advogado não havia tido tempo de apresentar a lista de testemunhas. De acordo com o TJRJ,desembargadores chegaram à conclusão de que o pedido para mudar a data do julgamento dos réus era uma tentativa de atrasar a decisão. A justiça destacou que "um dos advogados dos PMs está no caso há mais de dez anos, tendo tido tempo suficiente para listar as testemunhas".
Com base na decisão, o júri poderá ser remarcado pela 1ª Vara Criminal do TJ.
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Caso
Patrícia foi morta quando tinha 24 anos, em junho de 2008. Ela voltava de uma festa na Urca, na Zona Sul do Rio, e passava pela Barra da Tijuca, na Zona Oeste, quanto teve o carro atingido por tiros. As investigações apontam que os PMs Marcos Paulo Nogueira Maranhão e Willian Luís do Nascimento fizeram os disparos contra o veículo, ao confundi-lo com um ocupado por traficantes. 
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STJ manda marcar júri popular de PMs acusados da morte de Patrícia AmieiroDe acordo com a denúncia feita pelo Ministério Público "Os disparos de arma de fogo fizeram com que a vítima perdesse o controle do veículo no acesso à ponte existente no local e colidisse violentamente contra dois postes e uma mureta", relata.
Ainda segundo o MP, ao ver que a engenheira tinha morrido, os policiais teriam retirado o corpo da jovem do veículo e jogado o carro no Canal de Marapendi. O corpo jamais foi encontrado.