Os amigos Matheus, Leandro, Grazielle e Gabriela se conheceram na faculdade e cursam Psicologia na Uerj - Divulgação
Os amigos Matheus, Leandro, Grazielle e Gabriela se conheceram na faculdade e cursam Psicologia na UerjDivulgação
Por Larissa Esposito*

Elaborar um mar de possibilidades para um futuro que parecia inacessível. Esse é o principal objetivo do Favela Terapia, projeto criado por quatro amigos universitários, moradores das comunidades e periferias do Rio. Tratado como um filho pelos organizadores, a intenção é "tornar possível o acesso à Psicologia para quem assim a periferia tenha meio de repensar sua relação com a saúde mental", segundo o grupo.

Matheus Sandonato, Grazielle Nogueira, Leandro Gonçalves e Gabriella Pacífico se conheceram em 2016, na faculdade. Os estudantes, que cursam Psicologia na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), começaram o coletivo após refletir sobre os assuntos que dificilmente são passados para as suas famílias, amigos e vizinhos.

"O projeto surgiu a partir de um engajamento comum para repensar essas práticas psicológicas", contam os amigos. "E assim, democratizar o acesso a temas como saúde mental, racismo e diferentes formas de violência, principalmente se formos pensar no contexto da periferia, região onde há uma grande negligência por parte do estado."

Por meio de uma roda de conversa, os moradores das comunidades em que o Favela Terapia atua têm a possibilidade de serem ouvidos sobre os problemas que enfrentam e, se for necessário, são encaminhados para atendimentos individuais. "Não é explicar para Dona Maria, de 60 anos, o que é saúde ou o que são essas temáticas. É acolher a Dona Maria com as questões que a deixam angustiada", explicam os organizadores.

As sessões não têm restrição por localidade para participação do projeto. Caso algum morador demonstre interesse, basta pedir para a associação da sua comunidade que entre em contato com o projeto via e-mail (favelaterapia@gmail.com) ou redes sociais (@favelaterapia tanto no Instagram quanto no Facebook). Segundo o grupo, a ideia é atuar por no território favelado do Rio e da Baixada Fluminense.

 

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