Agentes de órgãos do governo estadual, entre eles policiais civis e militares, da Saúde e da Assistência Social, abordam  moradores de rua. Arquivo O Dia  - Reginaldo Pimenta / Agência O Dia
Agentes de órgãos do governo estadual, entre eles policiais civis e militares, da Saúde e da Assistência Social, abordam moradores de rua. Arquivo O Dia Reginaldo Pimenta / Agência O Dia
Por O Dia
Rio - Para quantificar e traçar o perfil exato da população de rua, a cidade do Rio vai realizar um censo ainda este ano por meio do Instituto Pereira Passos. A informação foi divulgada pela subsecretária municipal de Assistência Social, Daniele Murtha, durante a 3ª audiência pública da Comissão Especial de Pessoas em Situação de Rua, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de janeiro (Alerj), realizada nesta quarta-feira. 
“O Instituto está com edital aberto para que empresas de pesquisa possam realizar o trabalho, que não é simples, mas precisa ser feito”, informou Daniele.

O censo na capital fluminense será realizado a cada dois anos, segundo Daniele, mas enquanto o levantamento não é feito as informações acerca da população de rua, tanto na cidade do Rio, quanto nos demais municípios da região metropolitana ainda carecem de dados.

O objetivo da comissão, segundo o presidente do grupo, deputado Danniel Librelon (PRB), é fortalecer a rede de atendimento social dos municípios, para que seja traçado o diagnóstico com perfil e quantitativo dos moradores de rua. Só assim, segundo ele, as prefeituras e estado poderão elaborar as políticas públicas efetivas para atender a essa população.
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“Nós conseguimos entender as dificuldades que cada cidade tem para desenvolver os trabalhos e atuar nessa questão. Agora, através dessa comissão, temos que encontrar caminhos para resolver esses problemas”, afirmou o deputado.

O Centro Pop é um espaço de referência para o convívio social. Em Magé, o serviço atende em média 40 pessoas por dia, de acordo com Mônica de Oliveira, da secretaria de assistência social da cidade. O município também possui uma Casa de Passagem, que abriga quem procura acolhimento voluntariamente, essas pessoas também são atendidas pelo Centro de Atenção Psicossocial (Caps).

A realidade é mais precária em Cachoeiras de Macacu, cidade que foi representada na reunião pela secretária e gestora de assistência social, Alcinéa Peixoto. De acordo com ela, o único espaço de atendimento à população em situação de rua do município é no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). “Falta política direcionada para essa população, mas a equipe técnica da gestão está atuando para mudar essa realidade”, afirma a secretária.

Em Duque de Caxias, o último levantamento da prefeitura foi realizado em 2015, segundo a assistente social do Centro Pop do município, Jéssica Leite. Na ocasião, foram registradas cerca de 500 pessoas em situação de rua na cidade.

O deputado Danniel Librelon anunciou que uma nova audiência será marcada para ouvir outras cidades.