Rio - O Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (Muhcab) foi palco, ontem, do lançamento do Disque 100, canal que recebe denúncias de casos de racismo. A Prefeitura do Rio vai instalar placas em todos os 62 equipamentos culturais da cidade com o número telefônico.
"É uma ferramenta importantíssima nestes tempos de intolerância. Não é novidade que o racismo cresceu muito, ou passou a ser mais notificado. Mas nem era para existir essa campanha, porque não deveria mais haver manifestação de racismo. Hoje, para o movimento negro, é uma data histórica", afirmou Sérgio Noronha, da Coordenadoria de Promoção da Política de Igualdade Racial.
A região portuário do Rio, conhecida como Pequena África, onde está localizado o Muhcab, é rica em histórias afro-brasileiras. No local também está o Cais do Valongo, declarado em 2017 Patrimônio Histórico da Humanidade pela Unesco, além de outros pontos importantes para o carioca entender sua identidade.
A diretora do termo de cooperação internacional com a Unesco para o Muhcab, Cristina Lodi, diz que a instituição é um importante equipamento de preservação: "Assim como a gente tem influência portuguesa na arquitetura, que a gente protege como patrimônio cultural, a gente tem a cultura afro-brasileira que também precisa ser valorizada".
Visita de reis negros e parceria estrangeira