Família tenta trazer André de volta ao Brasil e pagar pelas despesas médicas no Peru - Reprodução/Internet
Família tenta trazer André de volta ao Brasil e pagar pelas despesas médicas no PeruReprodução/Internet
Por Jenifer Alves*
Rio - Morador de Vicente de Carvalho, na Zona Norte do Rio, e fanático pelo Flamengo, André Luiz Bello Franco, de 40 anos, cortou o território brasileiro de avião e atravessou a fronteira com o Peru, mas não conseguiu assistir a final da Taça Libertadores da América. O rubro-negro precisou ser hospitalizado na cidade de Cuzco, depois de sofrer um infarto no baço, entre a noite de sexta-feira e a madrugada de sábado. Horas antes do jogo, o carioca precisou ter o órgão retirado.
Os problemas não cessaram com a cirurgia e pioraram durante o pós-operatório. Após a remoção do baço, André teve uma hemorragia e foi transferido para o Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) da Clínica Peruano Suiza, na capital Lima. O flamenguista é pais de três filhos, uma jovem de 19 anos, um menino de 5 e um bebê de seis meses. Por conta das complicações ele precisou de uma transfusão de duas bolsas de sangue.
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A unidade de saúde onde André realizou os procedimentos e segue internado desde então, fica há cerca de 25 quilômetros do Estádio Monumental de Lima, onde aconteceu a conquista do bicampeonato do Flamengo da Libertadores. O torcedor tinha deixado sua cidade na esperança de ver o levantar da taça, encerrando um ano de glórias para o time do coração. No primeiro título, em 1981, o rubro-negro tinha apenas dois anos e dessa vez queria guardar na memória toda a emoção da conquista. 
No bairro Vicente de Carvalho, a esposa de André, Layla Lorena, de 36 anos, conta que o marido tem um plano de saúde com garantia fora do país, mas que a gravidade do caso excedeu a cobertura. Ela explica que uma vaquinha foi realizada para arcar com as dívidas no hospital onde o marido está internado e trazê-lo de volta ao Brasil. "Por conta dele estar na UTI e o estado dele ser crítico, o plano e o seguro viagem chegaram no limite de cobertura. Depois que esse limite estoura a família que tem que arcar, mas a gente não tem condições", explica. 
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Nesta terça-feira, a distância entre a família e André diminuiu um pouco com a ida de Ricardo Franco, de 36 anos, irmão do torcedor, até a cidade onde ele está internado. As passagens foram pagas pela empresa onde o rubro-negro trabalha e, no local, Ricardo acompanha o estado de saúde do irmão.
A família criou uma vaquinha para arrecadar os valores necessários. As contribuições podem ser enviadas por meio do endereço https://www.vakinha.com.br/vaquinha/ajuda-medica-andre-bello. A meta é R$ 60 mil.
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Procurado, o Itamaraty não se pronunciou sobre o caso.
*Estagiária sob a supervisão de Adriano Araújo