Alagamento na Rua Sete de Setembro causou a interrupção da circulação dos trens do VLTEstefan Radovicz
Por *O DIA
Publicado 12/11/2019 03:00 | Atualizado 12/11/2019 07:39

Rio - Novembro ainda não está nem na metade, mas o Alerta Rio já aponta que o mês terá uma média de 18 dias com registros de chuva. Segundo a prefeitura, o mês já apresenta maior frequência de temperaturas altas e alta umidade relativa do ar, favorecendo a formação de pancadas de chuva.

Além do rastro de destruição e dos alagamentos nas áreas asfaltadas, durante a chuva de ontem, as comunidades também foram afetadas. Segundo a Defesa Civil Municipal, às 12h15, 16 sirenes de alerta foram acionadas em sete comunidades que atingiram o protocolo de risco de deslizamento, com 40 mm de chuva ou mais no intervalo de 1h. O acionamento aconteceu na Rocinha, Guararapes, Santa Marta, Formiga, Santa Alexandrina/Paula Ramos e Morro dos Cabritos.

Mesmo sem contar com sirenes, por não estar em relevo montanhoso, a favela da Muzema, no Itanhangá, também foi gravemente afetada.

Na Avenida Engenheiro Souza Filho, a principal via da região, a água subiu bastante e o transporte no local foi inviabilizado. "Toda vez que chove alaga a avenida no caminho para o Rio das Pedras. Fica bem complicado sair para trabalhar, levar as crianças para a escola. Ou mesmo pegar o transporte público", reclamou a moradora da favela Thais Pontes.

No Morro do Vidigal, na Zona Sul da cidade, os moradores voltaram a ser afetados. Com a chuva, a Avenida Niemeyer voltou a ser interditada. "O direito de ir e vir do morador da comunidade sempre é prejudicado. Se há risco de deslizamento para carros, imagina para pedestres que tiveram que andar pela avenida para chegar em casa", reclamou Romilso Bento da Silva. Apesar disso, ele comemorou o fato de as sirenes não terem tocado desta vez no Vidigal.

Semana deve terminar com novo temporal

As chuvas desta segunda-feira foram apenas o começo de uma semana que promete ser conturbada para os moradores do Rio, segundo Josélia Pegorim, meteorologista do site Climatempo. Ontem, a cidade sofreu com a frente fria, em função da mudança de tempo relacionada a uma massa de nuvens carregadas que chegaram ao município.
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Para o resto da semana, os cariocas podem esperar dias chuvosos e frescos, intercalados com calor. "Mas a semana começou com temporal e vai terminar novamente com temporal", adiantou Pegorim. Segundo ela, depois da passagem da frente fria, vai aumentar a influência da umidade marítima sobre todo o Estado do Rio.
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Nesta terça-feira, o tempo fechado ainda aponta a volta iminente das chuvas a qualquer momento do dia e continua com temperaturas mais amenas. Na quarta, entretanto, o quadro começa a mudar, mas nem os ventos quentes afastam a possibilidade de pancadas de chuva.
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"A partir da quinta-feira, a probabilidade de chuvas volta a aumentar com a chegada de mais uma massa de nuvens carregadas na região do Grande Rio", explicou a meteorologista.

*Reportagem de Maria Luisa de Melo, Julia Noia e Samara Azevedo

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