Rio - Novembro ainda não está nem na metade, mas o Alerta Rio já aponta que o mês terá uma média de 18 dias com registros de chuva. Segundo a prefeitura, o mês já apresenta maior frequência de temperaturas altas e alta umidade relativa do ar, favorecendo a formação de pancadas de chuva.
Além do rastro de destruição e dos alagamentos nas áreas asfaltadas, durante a chuva de ontem, as comunidades também foram afetadas. Segundo a Defesa Civil Municipal, às 12h15, 16 sirenes de alerta foram acionadas em sete comunidades que atingiram o protocolo de risco de deslizamento, com 40 mm de chuva ou mais no intervalo de 1h. O acionamento aconteceu na Rocinha, Guararapes, Santa Marta, Formiga, Santa Alexandrina/Paula Ramos e Morro dos Cabritos.
Mesmo sem contar com sirenes, por não estar em relevo montanhoso, a favela da Muzema, no Itanhangá, também foi gravemente afetada.
Na Avenida Engenheiro Souza Filho, a principal via da região, a água subiu bastante e o transporte no local foi inviabilizado. "Toda vez que chove alaga a avenida no caminho para o Rio das Pedras. Fica bem complicado sair para trabalhar, levar as crianças para a escola. Ou mesmo pegar o transporte público", reclamou a moradora da favela Thais Pontes.
No Morro do Vidigal, na Zona Sul da cidade, os moradores voltaram a ser afetados. Com a chuva, a Avenida Niemeyer voltou a ser interditada. "O direito de ir e vir do morador da comunidade sempre é prejudicado. Se há risco de deslizamento para carros, imagina para pedestres que tiveram que andar pela avenida para chegar em casa", reclamou Romilso Bento da Silva. Apesar disso, ele comemorou o fato de as sirenes não terem tocado desta vez no Vidigal.
Semana deve terminar com novo temporal
*Reportagem de Maria Luisa de Melo, Julia Noia e Samara Azevedo
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