Pirarucu pode atingir três metros de comprimento e 200 quilos. Dele se aproveita quase tudo - Bernardo Oliveira
Pirarucu pode atingir três metros de comprimento e 200 quilos. Dele se aproveita quase tudoBernardo Oliveira
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Antenado com as tendências da gastronomia, o Senac RJ realiza nesta quarta (4/12), a partir das 10h, na unidade de Copacabana, o evento "A versatilidade gastronômica do pirarucu". O objetivo é divulgar as diversas possibilidades de preparo e a capacidade de aproveitamento total do alimento.

Para isso, preparou-se uma deliciosa programação. De 10h às 12h, o auditório terá palestra ministrada pelos Chefs Embaixadores do Senac RJ Frédéric Monnier e Teresa Corção, presidente do Instituto Maniva, parceiro do projeto. Eles vão falar sobre o manejo sustentável para garantir a conservação da espécie e de seu habitat natural, além de divulgar suas qualidades gastronômicas, que geram oportunidades sociais, econômicas e culturais para as comunidades envolvidas na atividade de manejo do peixe.

 

 

Deliciosa moqueca preparada pela chef Teresa Corção - Rodrigo Azevedo

 

A ideia é também contribuir para enriquecer a gastronomia dos restaurantes do Sudeste. Serão abordadas melhores técnicas de preparo para aproveitamento de cada uma das três partes do peixe: lombo, mais magra e firme; barriga, que surpreende pela semelhança com a barriga de porco, suculenta e com bom teor de gordura saudável; e o filé, que vai do lombo ao rabo e é mais vascularizada, mas também macia, apesar de firme. As inscrições são limitadas no link http://bit.ly/35CWfGY.

De 10h às 19h, no foyer, fotos da atividade pesqueira na Amazônia e também de pratos preparados com o peixe prometem encantar os visitantes e, claro, dar água na boca.

CHEFS EMBAIXADORES

Os Chefs Embaixadores do Senac RJ fazem a curadoria dos cursos de aperfeiçoamento do segmento gastronômico, colaboram no desenvolvimento de novos cursos, atualização de materiais didáticos e ministram algumas aulas.

No time, nomes estrelados como Rafa Costa e Silva (Cozinha de Inovação), Christophe Lidy (Cozinha Francesa), Frédéric de Maeyer (Confeitaria), Frédéric Monnier (Padaria), Silvana Bianchi (Cozinha Italiana), Teresa Corção (Cozinha Brasileira) e Danio Braga (Cozinha Mediterrânea).

 

Ao molho beurre blanc, do chef Frédéric Monnier - Rodrigo Azevedo

 

Maior peixe do Brasil

Pouco conhecido na região Sudeste, mas muito consumido na região Norte, o pirarucu é o peixe mais importante dos estados amazônicos, estando presente no cardápio de praticamente todos os estabelecimentos da região, do popular ao mais luxuoso. Pode atingir 3 metros de comprimento e 200 quilos. Dele se aproveitam todas as partes: do rabo à cabeça, passando por seu suculento (e nobre) tronco.

A carne branca, de textura firme, oleosa e com poucas espinhas - que podem ser completamente utilizadas - assim como as escamas, entre o avermelhado e o amarelado, que acabam transformadas em enfeites ou lixas de unhas. Também as espinhas e a estrutura óssea da língua, tão dura que em alguns lugares do Brasil é usada para ralar guaraná ou pequenas peças de madeira. Em outros, é triturada e misturada com casca de guaraná e água para preparar supostos remédios.

Devido à grande demanda e facilidade de ser fisgado, sua população estava diminuindo por conta da pesca predatória. Diferentemente de outros peixes, o pirarucu tem um sistema respiratório complexo, dotado de brânquias e uma bexiga natatória adaptada como pulmão. Suas características fisiológicas o obrigam a subir à superfície a cada 20 minutos para respirar, o que facilita a sua captura. O manejo sustentável se tornou uma forma de garantir a sobrevivência da espécie e renda aos pescadores.

Serviço - “A versatilidade gastronômica do pirarucu”
4 de dezembro (quarta-feira)
10h às 19h
Senac Copacabana - Rua Pompeu Loureiro, 45
Inscrições gratuitas: http://bit.ly/35CWfGY

 

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