Glauco Vital, 49, que recentemente realizou o sonho de ser papai, ganhou o direito à licença-paternidade para cuidar da esposa Marcela Santoro, de 34 anos e da bebê - Divulgação
Glauco Vital, 49, que recentemente realizou o sonho de ser papai, ganhou o direito à licença-paternidade para cuidar da esposa Marcela Santoro, de 34 anos e da bebêDivulgação
Por O Dia
Rio - O funcionário transexual da Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual (CEDS Rio) Glauco Vital, 49, que recentemente realizou o sonho de ser papai, ganhou o direito à licença-paternidade para cuidar de sua esposa Marcela Santoro, de 34 anos e da bebê nascida em 12 de novembro.

É a primeira vez que a Prefeitura do Rio concede este direito trabalhista para um homem trans.

"Ter direito aos dias da licença paternidade para aproveitar junto da minha esposa e da minha filha Giovana foi simplesmente imprescindível e maravilhoso", comemora o funcionário.
Glauco Vital, 49, que recentemente realizou o sonho de ser papai, ganhou o direito à licença-paternidade para cuidar da esposa Marcela Santoro, de 34 anos e da bebê - Divulgação
Glauco ressalta que o período foi muito importante e, espera, que esta conquista sirva de exemplo para outras instituições, sejam elas públicas ou privadas.

"Além de ter ajudado a minha esposa nos cuidados com a nossa bebê, foi importante por ser um período de adaptação a esse nova fase da minha vida que se iniciou: ser pai, que, aliás, sempre foi um sonho meu. Me sinto orgulhoso como homem trans e funcionário da prefeitura do Rio de Janeiro, por servir de exemplo para que mais homens trans possam fazer também uso desse direito", completa.

Para o Coordenador Especial da Diversidade Sexual do Rio, Nélio Georgini, Glauco além de ser um funcionário dedicado e exemplar é um ser humano iluminado.

"Estar hoje como chefe do Glauco é uma motivação. É uma história de vida que vale a pena ser contada e ouvida. São anos de reivindicações por inclusão, respeito, e lutas por direitos. Cada LGBT sabe exatamente o que é uma batalha diária contra o preconceito. Para a comunidade trans a luta é ainda mais difícil, por isso, é nosso dever lutar juntos", reitera Georgini.