Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí - Reginaldo Pimenta / Arquivo
Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e ItaboraíReginaldo Pimenta / Arquivo
Por O Dia
Rio - A Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG) e o Ministério Público estadual (MPRJ) fizeram, na manhã desta sexta-feira, uma operação contra uma milícia que age em Maricá, na Região Metropolitana do estado. Foram 39 mandados de busca e apreensão, cumpridos em endereços ligados aos suspeitos. Dentre os alvos estiveram um policial civil e cinco PMs.
O grupo paramilitar é investigado por uma chacina de cinco jovens em um condomínio do Minha Casa Minha Vida, no dia 25 de março do ano passado, e pelos assassinatos dos jornalistas Robson Giordano, no último dia 25 de maio, e Romário da Silva Barros, em 18 de junho, além das mortes do vereador Ismael Breve e do filho dele, Thiago Marins, no dia 22 de agosto. Todos os crimes aconteceram em Maricá.
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"Durante a apuração da morte de Robson pela autoridade policial, verificou-se similaridade com outros crimes praticados no município ligados à atividade político-partidária e jornalística, na medida em que os suspeitos e a forma de execução se assemelham: os homicídios do jornalista Romário Barros, do vereador Ismael Breve e de seu filho, Thiago Marins", defendeu o MPRJ.
Operação aconteceu nesta sexta-feira - Reginaldo Pimenta / Agência O Dia
De acordo com as investigações, parte da quadrilha participou diretamente da execução dos jovens como das outras mortes. O grupo é investigado pelos crimes de homicídio e organização criminosa.
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Durante operação realizada em abril de 2018, que resultou na prisão de João Paulo Firmino, integrante da milícia chefiada por Wainer Teixeira Junior, os responsáveis pelas investigações verificaram, através de escutas telefônicas autorizadas pela Justiça, que a organização criminosa é voltada à prática de homicídios por encomenda, justiçamento, extorsões, imposição como vendedor único de determinados bens, vinculação com agentes públicos e coação de testemunhas.
As corregedorias das polícias Civil e Militar também participaram da ação. A maioria dos mandados, expedidos pela Vara Criminal de Maricá, foi cumprida em Maricá, mas a ação se estendeu ainda pela capital, São Gonçalo e Baixada Fluminense.