Transferência de Flávio Rodrigues dos Santos, filho da deputada federal Flordelis dos Santos, do presídio Bandeira Stampa, conhecido como Bangu 9, para a penitenciária de segurança máxima - Cléber Mendes / Arquivo / Agência O DIA
Transferência de Flávio Rodrigues dos Santos, filho da deputada federal Flordelis dos Santos, do presídio Bandeira Stampa, conhecido como Bangu 9, para a penitenciária de segurança máximaCléber Mendes / Arquivo / Agência O DIA
Por Anderson Justino
Rio - A juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói, determinou que a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) faça imediatamente a transferência de Flávio Rodrigues dos Santos, filho da deputada federal Flordelis dos Santos, do presídio Bandeira Stampa, conhecido como Bangu 9, para a penitenciária de segurança máxima Laércio da Costa Pellegrino, conhecida como Bangu 1.
Flávio e o irmão Lucas Cézar dos Santos são réus no caso da morte do pastor Anderson do Carmo, marido da parlamentar.
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O pedido de transferência foi feito pelo Ministério Público do Rio após um celular ter sido encontrado na cela de Flávio. Na decisão a juíza também determina que a Seap tome providências para casos de entrada de celulares no presídio.
Na terça-feira, Flávio e o irmão Lucas retornaram à Delegacia de Homicídios de Niterói para prestarem depoimento sobre a confecção da carta entregue à deputada Flordelis. No documento Lucas confessava o crime, alegando ter recebido a ordem do irmão Misael, vereador de São Gonçalo, também filho adotivo do casal Flordelis e Anderson do Carmo.
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À Justiça, Lucas contou que recebeu a ordem de dentro da cadeia para que a carta fosse redigida. Na ocasião, ele estava na mesma cela do irmão Flávio e com um ex-PM, apontado como interlocutor da carta. O ex-policial também prestou depoimento essa semana na DH.
O assassinato do pastor Anderson do Carmo ocorreu no dia 16 de junho, em Pendotiba, Niterói. O laudo da perícia apontou que o corpo apresentava 30 marcas provocadas por arma de fogo. Flávio, enteado do líder religioso, confessou ter atirado seis vezes contra ele. Já Lucas, filho adotivo do casal, foi quem negociou a compra da arma do crime.
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Para a delegada Bárbara Lomba, titular da DH Niterói, falta identificar quem foi o mandante do crime. Segundo ela, todos que estavam na casa no dia do crime, inclusive a deputada, são suspeitos.