Rio - A Árvore do Rio, na Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul, vai ser inaugurada no próximo dia 14 com show de luzes, fogos de artifício e música sincronizada. A montagem da estrutura de 70 metros sob 11 flutuadores, que será iluminada por 900 mil lâmpadas de LED, vai acontecer em apenas 40 dias, diferente dos outros anos que aconteceu em 90. A árvore ficará acesa das 19h às 1h e terá oito desenhos.

O motivo do cronograma mais rápido foi a demora para firmar o patrocínio deste ano, que só foi fechado em 12 de novembro. Foram investidos cerca de R$13,6 milhões, sendo R$11 milhões viabilizados pela Light, por meio da Lei de Incentivo à Cultura e da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa. Criador da Árvore da Lagoa em 1996, Roberto Medina diz que o Rio tem vocação natural para o turismo. 

"A gente tem a melhor rede de hotéis e os mais modernos aeroportos da América Latina, e por que a gente não é o centro latino-americano de turismo? Essa é a cidade mais bonita do mundo e a mais preparada para receber grandes, médios e pequenos eventos. O Rio de Janeiro nasceu com vocação natural para o turismo. Precisamos cada vez mais dar luz aos eventos que consolidam esta vocação", declarou o idealizador.

A atração é considerada o terceiro maior evento anual da cidade e faz parte do calendário oficial do Estado. De acordo com um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), no ano passado, a árvore gerou cerca de quatro mil empregos, sendo 56% deles diretos, representando impacto econômico de R$190 milhões. Para esse ano, a expectativa é receber aproximadamente 400 mil visitantes.

Em uma conversa antes do cerimônia de lançamento da Árvore do Rio, o governador Wilson Witzel (PSC) falou sobre parcerias internacionais e criação de um parque de diversões.

"A Disney gostaria de ter aqui um porto para fazer cruzeiros e a Universal (Studios) tem interesse em uma área grande para botar um parque temático. Falta no Rio um parque desse. Estamos oferecendo espaços e estrutura", disse Witzel.

Durante o evento, Witzel também disse que pretende investir R$40 milhões na imagem do estado e reforçou a importância do turismo para o Rio.

"Esse ano, nós investimos R$190 milhões na cultura do estado do Rio, tivemos vários eventos ao longo do ano. Trouxemos o festival de Montreux que nunca tinha saído da Europa, o Rock in Rio só não teve público maior porque não teve espaço. Esse é um esforço do nosso governo para atrair esses eventos e vamos continuar assim. O turismo é o novo petróleo do Rio."