Rio - A alta no preço da carne bovina deu lugar a esperança, neste fim do ano, para quem trabalha no mercado pesqueiro. Enquanto os açougues e supermercados reclamam da baixa demanda de clientes, peixeiros e pescadores aguardam ansiosos pelo aumento na procura por peixes e seus derivados. Muitos acreditam que vender mais peixes no último mês do ano será o verdadeiro ‘milagre da multiplicação’. “São Pedro está do nosso lado”, brinca um pescador da colônia de pescadores Z-10, na Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio.
Em Niterói, no Mercado São Pedro, a movimentação nos quiosques ainda é pequena. Mesmo assim, as promoções já estão sendo anunciadas. O objetivo é para atrair a clientela, é o que explica um peixeiro. “Aqui a gente ainda pode abaixar o valor do peixe. A ideia é trazer as pessoas para comprar mais carne de peixe. O desconto está garantido”.
O preço da sardinha, por exemplo, está sendo vendido entre R$ 8 e R$ 11. Outro peixe também procurado pelo público, a corvina, está com valor entre R$ 12 e R$ 15 o quilo. Já o salmão, considerado como carne nobre, varia entre R$ 45 e R$ 50. “Aqui no mercado São Pedro nós temos o salmão mais barato do Rio. Pode acreditar nisso”.
De Niterói para a Ilha do Governador. O sorriso estampado no rosto do comerciante Danilo Henrique é o registro da felicidade de quem aguardava ansiosamente pelo aumento de sua clientela. Com a sua banca montada na entrada da colônia dos pescadores no bairro Ribeira, comemora as vendas. “O mesmo cliente que veio aqui no ano passado está encontrando o mesmo valor no pescado deste ano. Estou muito feliz com o aumento nas vendas. Ruim para uns, bom para outros, principalmente para mim. As entregas em restaurantes da região aumentaram, toda hora o motoboy leva peixes e camarões”, explica.
Segundo o comerciante, apesar do aumento, a procura ainda é por peixes de baixo custo. “A única diferença na carne do pescado é saber qual tem mais espinhas. O peixe é muito mais saudável. É lógico que as pessoas buscam por peixes mais baratos, mas com essa procura, a gente faz promoção para o nosso cliente sair mais feliz”, brinca Danilo.
Se por um lado a alta no preço da carne vermelha está assustando os consumidores, a estabilidade no pescado vem sendo comemorada. O camarão, por exemplo, tem sido o desejo do comprador. “Se eu vou pagar R$ 40 no preço da carne vermelha e posso pagar esse mesmo preço no camarão, é lógico que irei escolher o camarão. Não é todo dia que isso acontece”, diz o aposentado Edivaldo Ferreira.
O economista e professor da FGV Mauro Rochlin explica que é preciso a população estar sempre em alerta para o aumento nas demandas de determinados produtos. Ele usa a frase ‘efeito transbordamento’ para explicar o fenômeno que vem acontecendo no Brasil. “Existe a lei de oferta e demanda. A questão é: tem mais demanda, o preço será maior. É isso que está acontecendo hoje no Brasil. A China passou a comprar mais carnes num momento em que o dólar teve está acima do valor de mercado e isso mexe com a economia interna do país. Infelizmente quem sente no bolso é quem vive no Brasil. O que vai acontecer é o famoso ‘efeito transbordamento’. As pessoas vão passar a procurar por outros produtos e, esses também sofreram reajustes”.
Rochlin recomenda que as pessoas escolham por outras alternativas, mas que tenham calma na hora da decisão final.
A alta da carne vermelha vem movimentando outros setores. Há mais de 49 anos vendendo ovos no Centro de Niterói, o comerciante Antônio Chandre diz que houve aumento na procura e na tabela de preços. “O ovo tem sido a válvula de escape para algumas pessoas, mas engana-se quem pensa que os preços estão bons para nós e até mesmo para eles. Os produtores aumentaram os valores de venda. Isso peça no bolso do consumir. A gente tenta fazer o nosso melhor na hora da venda”.
O comerciante explica que até semana passada estava vendendo a dúzia de ovos por R$ 3 e teve que subir o preço para R$ 5.30.
A Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) explica que a elevação dos preços nos últimos meses deverá refluir em algum momento. Mesmo assim, os valores não devem se equiparar aos do início do ano, por exemplo.
Em Niterói, no Mercado São Pedro, a movimentação nos quiosques ainda é pequena. Mesmo assim, as promoções já estão sendo anunciadas. O objetivo é para atrair a clientela, é o que explica um peixeiro. “Aqui a gente ainda pode abaixar o valor do peixe. A ideia é trazer as pessoas para comprar mais carne de peixe. O desconto está garantido”.
O preço da sardinha, por exemplo, está sendo vendido entre R$ 8 e R$ 11. Outro peixe também procurado pelo público, a corvina, está com valor entre R$ 12 e R$ 15 o quilo. Já o salmão, considerado como carne nobre, varia entre R$ 45 e R$ 50. “Aqui no mercado São Pedro nós temos o salmão mais barato do Rio. Pode acreditar nisso”.
De Niterói para a Ilha do Governador. O sorriso estampado no rosto do comerciante Danilo Henrique é o registro da felicidade de quem aguardava ansiosamente pelo aumento de sua clientela. Com a sua banca montada na entrada da colônia dos pescadores no bairro Ribeira, comemora as vendas. “O mesmo cliente que veio aqui no ano passado está encontrando o mesmo valor no pescado deste ano. Estou muito feliz com o aumento nas vendas. Ruim para uns, bom para outros, principalmente para mim. As entregas em restaurantes da região aumentaram, toda hora o motoboy leva peixes e camarões”, explica.
Segundo o comerciante, apesar do aumento, a procura ainda é por peixes de baixo custo. “A única diferença na carne do pescado é saber qual tem mais espinhas. O peixe é muito mais saudável. É lógico que as pessoas buscam por peixes mais baratos, mas com essa procura, a gente faz promoção para o nosso cliente sair mais feliz”, brinca Danilo.
Se por um lado a alta no preço da carne vermelha está assustando os consumidores, a estabilidade no pescado vem sendo comemorada. O camarão, por exemplo, tem sido o desejo do comprador. “Se eu vou pagar R$ 40 no preço da carne vermelha e posso pagar esse mesmo preço no camarão, é lógico que irei escolher o camarão. Não é todo dia que isso acontece”, diz o aposentado Edivaldo Ferreira.
O economista e professor da FGV Mauro Rochlin explica que é preciso a população estar sempre em alerta para o aumento nas demandas de determinados produtos. Ele usa a frase ‘efeito transbordamento’ para explicar o fenômeno que vem acontecendo no Brasil. “Existe a lei de oferta e demanda. A questão é: tem mais demanda, o preço será maior. É isso que está acontecendo hoje no Brasil. A China passou a comprar mais carnes num momento em que o dólar teve está acima do valor de mercado e isso mexe com a economia interna do país. Infelizmente quem sente no bolso é quem vive no Brasil. O que vai acontecer é o famoso ‘efeito transbordamento’. As pessoas vão passar a procurar por outros produtos e, esses também sofreram reajustes”.
Rochlin recomenda que as pessoas escolham por outras alternativas, mas que tenham calma na hora da decisão final.
A alta da carne vermelha vem movimentando outros setores. Há mais de 49 anos vendendo ovos no Centro de Niterói, o comerciante Antônio Chandre diz que houve aumento na procura e na tabela de preços. “O ovo tem sido a válvula de escape para algumas pessoas, mas engana-se quem pensa que os preços estão bons para nós e até mesmo para eles. Os produtores aumentaram os valores de venda. Isso peça no bolso do consumir. A gente tenta fazer o nosso melhor na hora da venda”.
O comerciante explica que até semana passada estava vendendo a dúzia de ovos por R$ 3 e teve que subir o preço para R$ 5.30.
A Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) explica que a elevação dos preços nos últimos meses deverá refluir em algum momento. Mesmo assim, os valores não devem se equiparar aos do início do ano, por exemplo.
Comparação de preços: mais procurados
Peixes
Sardinha - entre R$ 8 e R$ 11
Corvina - entre R$ 12 e R$ 15
Tilápia - entre R$ 12 e R$ 15
Filé de pescada - entre R$ 24 e R$ 26
Filé de Salmão - entre R$ 45 e R$ 50
Camarão - entre R$ 30 e R$ 40
Carnes - supermercados
Acém - entre R$ 15 e R$ 20
Lagarto - entre R$ 15 e R$ 20
Alcatra - entre R$ 25 e R$ 30
Contra Filé - entre R$ 30 e R$ 35
Picanha - entre R$ 35 e R$ 45
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