O Rio de Janeiro é o estado com a maior produção de gás natural do Brasil, sendo responsável por quase 50% do total nacional. De 2009 para 2018, o crescimento do volume produzido foi de 90%, passando de 29 milhões de metros cúbicos por dia para 55 milhões. Em 2019, a média diária saltou para 62 milhões de metros cúbicos.
Os dados foram apresentados na quarta-feira, no seminário "Perspectivas do Gás Natural no Rio de Janeiro", no auditório da Federação das Indústrias do Estado do Rio (Firjan), em Botafogo.
O evento, que contou com o patrocínio da Naturgy e da NTS, foi aberto pelo presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, e teve dois painéis com representantes dos setores público e privado. "O potencial de transformação do setor é bastante grande, mas sua concretização passa pela capacidade de ofertantes e demandantes acessarem o mercado", disse Vieira.
PRODUÇÃO MAIOR
Abrindo o primeiro painel, intitulado "Avanços no arcabouço regulatório do gás", Aldo Barroso Cores Junior, diretor substituto do Departamento de Gás Natural do Ministério de Minas e Energia, afirmou que é preciso eliminar barreiras anticoncorrenciais, tributárias e normativas. Para contribuir nesse sentido, foi lançado em julho o Programa Novo Mercado de Gás pelo governo federal e também o Comitê de Monitoramento da Abertura do Mercado de Gás Natural, por meio do Decreto nº 9.934/2019.
Hélio da Cunha Bisaggio, superintendente de Infraestrutura e Movimentação da Agência Nacional do Petróleo, mostrou dados bastante impactantes. Segundo ele, a expectativa é de que a produção líquida de gás natural no Brasil tenha um crescimento de 155% de 2019 a 2029. "É necessário criar um mercado mais aberto e competitivo, com regulação do acesso de terceiros e preços definidos".
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