Rio - A Mata Atlântica, um dos biomas mais importantes do Brasil, também é um dos mais devastados, principalmente no Estado do Rio de Janeiro44Nos últimos anos, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) avança na preservação de zonas com Mata Atlântica e, em 14 de novembro, inaugurou a última Reserva Particular de Preservação Natural (RPPN), a Fazenda Ribeirão Preto, em Barra do Piraí, no interior do Rio, com 21,84 hectares de área.
As RPPN, unidades de conservação da vegetação natural em propriedade privada, contribuem fortemente para a preservação da Mata Atlântica, visto que 80% deste bioma se encontra em lotes privados. Nesses espaços, são permitidas atividades como educação ambiental, turismo e pesquisa científica. Ao todo, o estado conta com 90 RPPN reconhecidas pelo Inea, correspondendo a mais de 8.297,87 hectares preservados.
O ambientalista Abílio Tozini explica que, devido à importância da Mata Atlântica para o Rio de Janeiro, a sua preservação se faz necessária e traz muitos benefícios para a população fluminense. Entre eles, uma menor oscilação de temperatura. "Recompor o bioma garante que uma maior quantidade de umidade volte para o ar e, com isso, garante um maior equilíbrio de todo o meio ambiente", explicou. Segundo ele, apesar dos grandes desmatamentos nos ciclos da cana-de-açúcar e do café, o estado ainda possui fragmentos importantes da vegetação.
Os benefícios da proteção dessas áreas verdes também se refletem na saúde de quem mora próximo às RPPS. De acordo com o ambientalista, essas regiões garantem uma diminuição drástica da quantidade de doenças nas vias respiratórias superiores e irritação nos olhos.
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