Para analisar a rede pública de saúde no Rio, uma pesquisa feita pelo Grupo Gerp, encomendada pelo O DIA, entrevistou os cariocas para saber como anda a percepção deles sobre o sistema. Entre as pessoas que precisaram de algum serviço médico de emergência ou urgência na rede municipal, cerca de 12,5% avaliaram o sistema como ótimo. A maior parte dos entrevistados (52,5%) não souberam responder, 23,7% classificaram como regular o atendimento e 10,3% responderam "péssimo" à pergunta. O levantamento foi feito entre quinta-feira e ontem, ouvindo 800 pessoas.
Questionados sobre qual serviço público procuram quando precisam de atendimento médico, 57,4% disseram que vão às UPAs, 23,2% às clínicas da família, 16,8% recorrem a hospitais municipais (16,8%). Outros 7,1% vão a hospitais estaduais e 4% a unidades federais na cidade. Pelo menos, 22,7% não responderam.
A pesquisa também avaliou a saúde pública após os entrevistados saberem dos trabalhos realizados em relação ao número de internações, o investimento em atendimento de pacientes, cirurgias realizadas, compra de equipamentos hospitalares e a crise que a atual gestão do município, do prefeito Marcelo Crivella, recebeu.
Antes de conhecerem algumas das realizações, 1,8% dos entrevistados dizia ser boa a saúde na cidade, mas o número subiu para 4,4% após as informações. Já o regular mudou de 11,6% para 27,4%, enquanto o ruim foi de 12,9% para 10,3% e ótimo teve uma pequena variação, de 0,3% para 0,4%.
De acordo com o presidente do instituto, Gabriel Pazos, a ideia da pesquisa foi avaliar dois cenários para os entrevistados. "Primeiro, nós fizemos as perguntas para as pessoas e eles avaliaram. Logo após, mostramos informações pesquisadas na internet, e os entrevistados comentaram novamente", explica.
Segundo Pazos, o que se pode concluir com a pesquisa é uma mudança de posicionamento depois das informações mostradas aos entrevistados: "Quando as pessoas fazem uma avaliação pelo que ouvem falar a situação é de uma forma, mas ao ter conhecimento de notícias eles mudam a opinião. Isso mostra que a maioria julga pela versão do fato e a força da grande mídia sobre o que influencia o público".
Ao todo, 52,4% do público ouvido é feminino e 47,6% masculino. A maior parte dos entrevistados concluiu o ensino médio ou ainda não terminou o ensino superior (53,6%). Já questionados sobre a religião, as crenças foram as seguintes: católica (33,4%), sem religião (26,8%), evangélica (26,4%), umbanda/candomblé (4,7%), espírita/kardecista (4,1%) e outra (5%).
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