JoReginaldo Pimenta / Agência O Dia
Por LUCAS CARDOSO e RAI AQUINO
Publicado 26/12/2019 11:19 | Atualizado 26/12/2019 13:56
Rio - O ator João Vicente de Castro, um dos integrantes do Porta dos Fundos, prestou, no fim da manhã desta quinta-feira, depoimento sobre o ataque à produtora. Ele chegou à sede da Polícia Civil, na Lapa, na região central do Rio, onde conversou com o delegado responsável pelo caso, por volta das 11h acompanhado de um advogado.
Durante uma coletiva para falar sobre o caso, o ator disse algumas poucas palavras. 
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"Estamos falando sobre liberdade de expressão. Não vamos permitir que isso aconteça. Confiamos totalmente na polícia civil. Precisamos cortar o mal pela raiz", resumiu.
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Ontem, João Vicente já havia se manifestado em seu Instagram sobre a repercussão do ataque.
"Incrível ver como fomos abraçados depois desse ato injustificável de violência. Muito obrigado pelas mensagens. Somos fortes e seguiremos", postou, no Stories.
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Além do ator, outros integrantes do grupo também já se manifestaram sobre o episódio. Vários deles compartilharam a nota oficial da produtora com os dizeres "não vão nos calar".
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O ATAQUE
Na madruga de terça, a sede do grupo, no Humaitá, na Zona Sul, foi alvo de ataques com coquetéis molotov, disparados por pelo menos três pessoas. O local chegou a pegar fogo, que foi controlado por seguranças que estavam no local. Ninguém ficou ferido.
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Nesta quarta, um grupo, que se autodenomina Comando de Insurgência Popular Nacionalista, divulgou um vídeo, mostrando o momento em que três explosivos são lançados contra a fachada da produtora. Nas imagens, eles reivindicam a autoria do ataque; assista!
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POLÊMICA
O ataque à sede do Porta dos Fundos acontece após uma série de críticas ao Especial de Natal do grupo, A Primeira Tentação de Cristo, exibido pela Netflix. A produção está sendo questionada desde que foi lançada por fazer sátiras com personalidades bíblicas, como Jesus e Maria. O fundador do cristianismo, por exemplo, é retratado como homossexual e sua mãe como usuária de drogas.
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As críticas partem principalmente de grupos conservadores, que chegaram a fazer um abaixo-assinado para a retirada do vídeo do ar. Alguns pedidos pedidos judiciais também feitos, todos negados.