Furto aconteceu no último domingo - Arquivo Pessoal
Furto aconteceu no último domingoArquivo Pessoal
Por RAI AQUINO
Rio - Há cinco dias, o músico e líder da banda Cabelera, Jean Nascimento, de 32 anos, passa por momentos de angústia para tentar recuperar os equipamentos da banda do qual faz parte. No último domingo, o cantor, compositor e instrumentista, que é morador do Pechincha, na Zona Oeste do Rio, teve o carro furtado enquanto estava em uma igreja na Barra da Tijuca, próximo ao shopping Rio Design.
Dentro do veículo, um Volkswagen Gol preto, que é do irmão de Jean, estavam um violão, um cajón, além de caixas e mesa de som, cabos, microfones e pedestais, usados nas apresentações do grupo. O músico estima um prejuízo de mais de R$ 10 mil.
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"Fizemos um show em Ipanema na noite anterior e como tínhamos uma apresentação marcada em um quiosque na Reserva na tarde de domingo, deixamos o equipamento comigo", conta Jean.
O músico diz que entrou na igreja por volta das 11h e quando saiu, cerca de uma hora e meia depois, não encontrou o carro onde tinha deixado.
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"Quando eu cheguei na rua eu perguntei 'cadê o carro?'. Andei a rua inteira cogitando que pudesse estar enganado de onde o deixei, mas nada", relembra.
Furto aconteceu no último domingo - Arquivo Pessoal
PROCURA EM DEPÓSITOS
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Jean ligou para a Polícia Militar, que indicou que ele seguisse para a delegacia da região para registrar o furto. Na 16ª DP (Barra da Tijuca), ele foi orientado a ver se o automóvel não tinha sido recolhido para algum depósito.
O músico, então, passou o domingo com o irmão checando o sistema de entrada de veículos nos depósitos do Rio, chegando, inclusive, a ir ao do Recreio e nada. Na segunda, ele voltou à distrital para fazer o registro de ocorrência.
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"Lá, o inspetor contou que de vez em quando tem furtos na região e também consultou o sistema do Pátio Legal, mas viu que meu carro não estava em nenhum depósito", diz. 
Furto aconteceu no último domingo - Arquivo Pessoal
VAQUINHA VIRTUAL
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Ao longo desses dias, Jean não tem tido nenhuma notícia do carro, muito menos dos equipamentos. Os amigos chegaram a fazer uma vaquinha virtual para arrecadar R$ 10 mil para ajudar a banda a comprar novos instrumentos. Até a publicação da reportagem, eles tinham alcançado cerca de R$ 1 mil.
"Graças a Deus a galera está aderindo. O pessoal na igreja também está fazendo uma vaquinha para ajudar. A gente está recebendo muita ajuda", agradece.
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O músico avisa que se eles continuarem sem os instrumentos podem perder mais shows, além do que iria acontecer no domingo, momentos antes do furto, na Reserva. Por enquanto, eles só conseguem se apresentar em lugares maiores, que já possuem uma infraestrutura de som.
"Não adianta falar que a violência está demais porque não é novidade. A violência é consequência de outras coisas mais graves. A sensação é de impotência, você fica meio perdido, mas tenho muita fé de que vai dá tudo certo, que vamos sair dessa mais fortalecido", confia.