Crise na companhia já dura duas semanas - Estefan Radovicz / Agência O Dia
Crise na companhia já dura duas semanasEstefan Radovicz / Agência O Dia
Por Maria Luisa de Melo
Rio - Quase duas semanas depois de a população fluminense reclamar da péssima qualidade da água que vem chegando às suas torneiras, o presidente da Cedae, Hélio Cabral, decidiu exonerar nesta terça-feira, o chefe da Estação de Tratamento de Água do Guandu, Júlio Cesar Antunes.
A exoneração aconteceu momentos depois de o governador Wilson Witzel (PSC) classificar como "inadmissíveis" os transtornos causados pela água da companhia.

Júlio é funcionário da empresa há 30 anos e, segundo técnicos ouvidos pelo DIA, era o mais experiente entre os colegas. Apesar de ser exonerado do cargo, ele continuará na empresa. A informação foi antecipada pelo Correio da Manhã e confirmada pelo DIA junto a fontes do governo estadual.
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Ainda de acordo com os técnicos da empresa, foi de Julio a sugestão de adotar o que especialistas chamam de "descarga" na lagoa mais próxima à captação da água. Na lagoa é que estariam se proliferando as algas que produzem a substância geosmina.
"Abrir comportas do Rio Guandu para arrastar a água da Lagoa resolveria o problema. É o que chamamos de descarga. A Lagoa está verde de tantas algas. Mas a direção da empresa não concordou com isso. O procedimento causaria falta d'água durante um dia, mas depois tudo seria normalizado", explicou um funcionário, que pediu para não ser identificado.
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Ainda de acordo com uma fonte da Cedae, o problema com a geosmina não é novidade na empresa. O mesmo aconteceu em 2001.