Estação de tratamento de água da Cedae no Morro de Santana, em Macaé - Divulgação / Rui Porto Filho
Estação de tratamento de água da Cedae no Morro de Santana, em MacaéDivulgação / Rui Porto Filho
Por O Dia
Rio - A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) enviou, nesta quarta-feira, ofícios à Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) e à Secretaria de Estado de Ambiente e Sustentabilidade (Seas) solicitando informações sobre as alterações na qualidade da água do Sistema Guandu, que atende a nove milhões de pessoas, residentes do Rio e dos municípios da Baixada Fluminense.

Desde o início de janeiro moradores do Rio notaram alterações na coloração e na qualidade da água. Apesar da Cedae ter liberado o consumo, afirmando que as alterações ocorreram devido a presença de substâncias produzidas por algas, especialistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) já alertaram a população sobre os riscos das mudanças na água.
Em nota técnica emitida pela instituição, professores de diferentes departamentos da universidade alertaram que a geosmina, composto orgânico produzido por algas que foi encontrado na água após análises técnicas, não é tóxica. Porém, ela pode indicar problemas na qualidade da água bruta usada para o abastecimento.

"Os requerimentos de informação têm o objetivo de averiguar a hipótese de responsabilidade do Governo do Estado e da Cedae por omissão, ou pela ausência de investimentos necessários, mesmo havendo recursos disponíveis da Companhia e do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano (Fecam) para o tratamento da qualidade da água produzida pelo sistema Guandu" , declarou o deputado estadual Luiz Paulo.

O documento enviado à Cedae conta com 17 pontos e para a secretaria foram elaboradas dez perguntas. A Alerj também enviou ofícios direcionados ao Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ), e ao Ministério Público do Estado do Rio (MPRJ).