Secretaria Municipal de Infraestrutura, Habitação e Conservação começa a notificação e o cadastramento dos moradores da comunidade de Muzema - Tânia Rêgo/Agência Brasil
Secretaria Municipal de Infraestrutura, Habitação e Conservação começa a notificação e o cadastramento dos moradores da comunidade de MuzemaTânia Rêgo/Agência Brasil
Por Agência Brasil
Rio -  A Secretaria Municipal de Infraestrutura, Habitação e Conservação inicia nesta quinta-feira a notificação e o cadastramento dos moradores de todas as unidades do edifício nº 520 da Avenida Engenheiro Souza Filho, no Itanhangá, na comunidade da Muzema, Zona Oeste do Rio. Segundo a secretaria, o condomínio irregular será desocupado.

A medida atende a uma determinação do Ministério Público estadual (MPRJ). Em dezembro, o MPRJ obteve decisão favorável na Justiça sobre uma ação civil pública contra o Município do Rio.

A ação foi ajuizada por causa da retirada de vegetação e extração irregular de minerais no local.
"O caso foi alvo da instauração de dois inquéritos civis em 2014 e, em diligência no dia 5 de maio de 2015, foi verificado pelo MPRJ o efetivo crime ambiental, bem como obra de grandes dimensões, com a construção de lojas e apartamentos, muitos deles hoje habitados", informou a assessoria do órgão.

Atendendo ao pedido do Ministério Público, a juíza Caroline Rossy Brandão Fonseca, da 2ª Vara de Fazenda Pública, determinou que a prefeitura faça a desocupação, a princípio voluntária, no prazo de 30 dias, com o cadastramento daqueles que necessitarão do aluguel social na Secretaria de Habitação, identificando os que podem ser beneficiários por programas habitacionais.

Segundo o promotor Plínio Araújo, os prédios não obedecem ao menor padrão urbanístico e ambiental.
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"Há risco de rolamento de pedras na localidade, e os imóveis são irregulares, clandestinos, não têm nenhuma licença urbanística ou ambiental, nem podem ter. A gente tem laudo do município dizendo que aqueles prédios, naquela localidade, não são legalizáveis", defendeu. 
DESOCUPAÇÃO
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Os prédios ficam a cerca de 400 metros do Condomínio Figueiras do Itanhangá, onde dois prédios desabaram no dia 12 de abril de 2019, matando 24 pessoas.