Economista acusado de integrar grupo que jogou coquetel mototov na sede da produtora do Porta dos Fundos fugiu para o exterior - Arquivo Pessoal
Economista acusado de integrar grupo que jogou coquetel mototov na sede da produtora do Porta dos Fundos fugiu para o exteriorArquivo Pessoal
Por RAI AQUINO
Rio - O advogado do empresário Eduardo Fauzi Richard Cerquise, de 41 anos, disse, nesta quinta-feira, que o suspeito de envolvimento no ataque ao Porta dos Fundos não tem data para voltar ao país. A declaração foi dada um dia após o Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) negar o pedido de liminar feito pela defesa para que a prisão temporária de Fauzi fosse suspensa.
O empresário embarcou para a Rússia no dia 29 de dezembro e, desde então, está em Moscou, mesmo sendo procurado pela polícia brasileira. Quando viajou para o país asiático, ele já havia comprado a passagem de volta, com previsão de retorno ao Brasil hoje.
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"O Fauzi não volta para o país enquanto tiver esse mandato de prisão em aberto contra ele", o advogado Jonas Oliveira enfatizou, ao DIA. "Não existe até então uma data especifica para a volta dele. A questão da passagem é irrelevante. Ele tanto pode adiá-la, quanto comprar outra".
A decisão de manter a prisão de Fauzi foi dada pelo desembargador José Muiños Piñeiro Filho, da 6ª Câmara Criminal do TJRJ. O magistrado considerou que a forma do ataque demonstrou a periculosidade do empresário, pondo em risco a segurança de várias pessoas, caso o habeas corpus fosse concedido a ele.
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O advogado de Fauzi criticou os argumentos do desembargador. Para ele, o magistrado entrou no mérito da questão ao julgar o pedido de liminar de forma "bem ríspida e bem ácida".
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"Na segunda ou na terça, vamos impetrar um pedido de habeas corpus no STJ", avisou.
Jonas conta que Fauzi fala em voltar ao Brasil, mas a defesa tem convencido ele do contrário.
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"Ele, de vez em quando, teima, dizendo que quer vir, mas a gente tem orientado e ele tem seguido nossa orientação para não voltar", o advogado afirmou.
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O ataque à sede do Porta dos Fundos aconteceu na madrugada da véspera do Natal, no Humaitá, na Zona Sul do Rio. De acordo com as investigações da 10ª DP (Botafogo), Fauzi é uma das cinco pessoas que atiraram coquetéis molotov na fachada da produtora.
"O que ele diz é o que sempre afirmou desde o início: que a participação dele é de apoio ao ato, mas que foi uma participação simbólica, que efetivamente ele não atirou nenhuma bomba daquelas", disse o advogado.