Policiais realizando abordagem no VidigalWhatsapp O DIA (98762-8248)
Por O Dia
Publicado 16/01/2020 20:01 | Atualizado 16/01/2020 20:02
Rio - Uma operação da Polícia Militar deixou quatro suspeitos mortos e um preso, no Morro do Vidigal, na Zona Sul do Rio. Tiroteios foram registrados desde as primeiras horas desta quinta-feira. Segundo a PM, equipes da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP), através do Grupamento de Intervenções Táticas (GIT), do GIT Motos e da UPP local, realizaram uma ampla ação para reprimir o crime organizado na comunidade. No entanto, moradores denunciam que militares entraram na comunidade atirando a esmo para "pegar arrego" – propina que o tráfico paga a policias para não entrarem nas favelas. 
Moradores, que não quiseram se identificar, contaram que policiais entraram na comunidade efetuando diversos disparos a esmo. "Estamos falando do que vimos, tudo quebrado, portão de ferro, morador agachado. Muito, muito, muito tiro. O Vidigal parou, os moradores ficaram encurralados no ponto de ônibus. O que nós sabemos é que eles querem arrego e só vão sair quando conseguirem".
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Ainda segundo relatos, militares teriam atirado em um transformador para cortar a luz da comunidade intencionalmente. À tarde, equipes da Light foram fazer os reparos e ficaram encurraladas por conta de um novo tiroteio. "Num calor desse, sem luz. Acordei com barulho de tiros só, não sei pra que lado foi", disse uma internauta. "Difícil ter que conviver com essa situação", afirmou outro. Em nota, a assessoria da Light informou que "técnicos que atuavam no Vidigal tiveram que buscar abrigo na comunidade, após o início do confronto, pois os profissionais são orientados a atuar somente em condições de segurança".
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Ainda segundo a Polícia Militar, foram apreendidas duas pistolas, quatro granadas e quantidade de drogas a ser contabilizada. Questionada sobre as denúncias, a corporação informou que não recebeu nenhuma informação sobre. "Realizamos uma operação na comunidade para reprimir o crime organizado, com várias equipes sob comando direto da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP). Não temos nenhum indício dessa denúncia até o momento".