Integrantes do bloco se apresentam geralmente nas enfermarias e refeitórios dos hospitais. Além de alegrar doentes, grupo anima funcionáriosfotos Luciano Belford
Por Felipe Gavinho*
Publicado 22/01/2020 00:00

Já pensou se os corredores dos hospitais virassem uma verdadeira avenida durante o Carnaval? Pois é o que faz o Bloco da Seringa Solta, que nesta época do ano leva um pouco de alegria e, claro, folia para os doentes internados nas unidades de saúde do Estado do Rio.

Criado pelo projeto Plateias Hospitalares, do Doutores da Alegria, o bloco é formado por músicos e palhaços profissionais, e vai desfilar em sete hospitais públicos do Rio no próximo Carnaval. Os desfiles serão entre os dias 11 e 20 de fevereiro e prometem levar alegria não só para os pacientes, mas também para funcionários e visitantes. No repertório, as tradicionais marchinhas e o hino do próprio bloco, que faz uma paródia ao do Cordão da Bola Preta.

Márcia Pache, terapeuta ocupacional do Instituto Nacional de Cardiologia, em Laranjeiras, na Zona Sul, lembra que a reação dos pacientes com o Bloco da Seringa Solta é sempre a melhor possível. "É animado, eles gostam, se divertem e fica todo mundo com um humor melhor, muito mais alegre. Ajuda muito no quadro depressivo", avalia.

A coordenadora do projeto, Silvia Contar, revela que o nome do bloco surgiu em 2013. "Na época em que o bloco surgiu, os artistas da época se reuniram para sugerir nomes que fossem relacionados ao ambiente hospitalar e que fizessem também uma brincadeira com o Carnaval, e aí saiu o Seringa Solta", recorda. Silvia acrescenta que as áreas em que o cortejo passa são combinadas antes com a direção dos hospitais. "Mas costuma ser na enfermaria e refeitório", completa.

 

Grupo estará em sete hospitais
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Neste ano, o Bloco Seringa Solta vai visitar o Instituto de Cardiologia (Laranjeiras) e os hospitais Adão Pereira Nunes (Caxias), da Mulher (São João de Meriti), Azevedo Lima (Niterói), Alberto Torres (São Gonçalo), Eduardo Rabelo (Campo Grande) e Municipal da Piedade (Piedade).
"É muito gratificante saber que, de alguma forma, você consegue modificar um pouco a vida daquela pessoa. E isso é recíproco, eles acabam também mudando a gente", vibra Annelli Oullijum, de 45 anos, uma das palhaças profissionais do bloco.
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 * Estagiário sob supervisão de Bete Nogueira

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