Rio - O Projeto Aruanã soltou, nesta sexta-feira, 39 tartaruguinhas Praia da Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade. De acordo com Suzana Guimarães, coordenadora do projeto, a capital não é área de desova, porém, em 7 de novembro de 2019, uma tartaruga-cabeçuda decidiu colocar 134 ovos na localidade.

Ainda segundo Suzana, desde que o ninho foi descoberto, um cerco foi montado com a ajuda da Secretaria de Meio Ambiente do Rio de Janeiro para a preservação dos ovos. O monitoramento durou 78 dias e foi acompanhado pelo Projeto Aruanã e pelo Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos. A coordenadora também lembra que em 2015 ocorreu uma desova em Maricá, e, em 2016, na Praia de Itaipu, Niterói. 

Para o biólogo do projeto, Carlos Eduardo Amorim, o evento foi um marco importante porque mexe com o sentimento das pessoas. "Esses filhotes trouxeram essa mensagem, de que a natureza tá viva e precisa de cuidado. Se continuar jogando lixo, continuar destruindo o patrimônio que a gente tem, isso aqui não vai se repetir mais".

A Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9605 de 12 de fevereiro de 1998), prevê sanções e penas para quem matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente.