Publicado 29/01/2020 00:00
Ao ouvir o barulho dos tiros, o segurança Paulo Roberto Monteiro Esperança, de 36 anos, teve a atitude que qualquer pai teria: abraçou seu filho, Arthur Gonçalves Monteiro Esperança, de apenas 5 anos, e deitou com ele no chão. No entanto, isso não foi suficiente para garantir a segurança do menino. Um tiro atingiu a mão do segurança, atravessou e a bala ficou alojada na cabeça da criança, na noite de anteontem. Pai e filho brincavam no campo de futebol do Morro São João, no Engenho Novo, Zona Norte do Rio.
Arthur é a quarta criança vÃtima de bala perdida no Rio de Janeiro, somente este mês, de acordo com o site Fogo Cruzado, o que representa uma média de um menor baleado por semana. Ainda segundo a plataforma, quadruplicou o número de crianças (menores de 12 anos) atingidas por bala perdida este ano em relação a janeiro do ano passado, quando apenas uma foi baleada.
Internado inicialmente no Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, o menino precisou ser transferido para uma unidade que tivesse neuropediatria. Mas a transferência acabou se tornando outro momento de agonia. Familiares só conseguiram a internação no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, após uma decisão da Justiça. Arthur segue internado em estado grave. A bala continua alojada em sua cabeça.Â
Ainda não há informações sobre de onde partiu o tiro. A PolÃcia Militar informa que no momento em que pai e filho foram baleados, agentes da UPP São João, que se deslocavam pela comunidade, foram atacados a tiros e houve confronto.
O caso é investigado pela 25ª DP (Engenho Novo). A PolÃcia Civil informou que foi instaurado um inquérito para apurar o caso e que testemunhas serão ouvidas.
Â
'Tiroteio foi de repente'
A famÃlia de Arthur é toda do Morro São João. Há três anos os pais do menino se mudaram para o bairro Sampaio, a cerca de dois quilômetros da comunidade. O futebol de segunda-feira é uma tradição na rotina de Paulo Roberto e ele sempre costumava levar o filho caçula.
"O Arthur é muito agarrado ao pai. Meu irmão estava na lateral do campo, aguardando a próxima partida, enquanto isso brincava com o filho", contou João Paulo Monteiro Esperança, tio da criança.
Segundo ele, o tiroteio aconteceu de repente. "Se tivesse operação, algo do tipo, o futebol seria cancelado", disse.
Arthur Gonçalves Monteiro Esperança tem apenas 5 anosArquivo Pessoal
Rio de Janeiro - RJ - 28/01/2020 - Familiares do pequeno Arthur Gonçalves Monteiro Esperança, de apenas 5 anos, conseguiram na Justiça que o menino seja transferido para o Hospital Estadual Getulio Vargas (HGV), na Penha, Zona Norte do Rio. Arthur está no Hospital Municipal Salgado Filho, no Meier, zona norte da cidade, desde que foi baleado na cabeça, na noite desta segunda-feira - na foto, Sara Teixeira Gonçalves da Silva, de blusa roxa, mae de Arthur - Foto Reginaldo Pimenta / Agencia O DiaFOTOS Reginaldo Pimenta
Rio de Janeiro - RJ - 28/01/2020 - Familiares do pequeno Arthur Gonçalves Monteiro Esperança, de apenas 5 anos, conseguiram na Justiça que o menino seja transferido para o Hospital Estadual Getúlio Vargas (HGV), na Penha, Zona Norte do Rio. Arthur está no Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, zona norte da cidade, desde que foi baleado na cabeça, na noite desta segunda-feira - na foto, João Paulo Monteiro Esperança, tio do menino - Foto Reginaldo Pimenta / Agência O DiaReginaldo Pimenta / Agencia O Dia
Rio de Janeiro - RJ - 28/01/2020 - Familiares do pequeno Arthur Gonçalves Monteiro Esperança, de apenas 5 anos, conseguiram na Justiça que o menino seja transferido para o Hospital Estadual Getúlio Vargas (HGV), na Penha, Zona Norte do Rio. Arthur está no Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, zona norte da cidade, desde que foi baleado na cabeça, na noite desta segunda-feira - na foto, Valdir Gonçalves da Silva, avo do menino - Foto Reginaldo Pimenta / Agência O DiaReginaldo Pimenta / Agencia O Dia
Rio de Janeiro - RJ - 28/01/2020 - Familiares do pequeno Arthur Gonçalves Monteiro Esperança, de apenas 5 anos, conseguiram na Justiça que o menino seja transferido para o Hospital Estadual Getulio Vargas (HGV), na Penha, Zona Norte do Rio. Arthur está no Hospital Municipal Salgado Filho, no Meier, zona norte da cidade, desde que foi baleado na cabeça, na noite desta segunda-feira - na foto, Paulo Roberto Monteiro Esperança, com um ferimento na mao - Foto Reginaldo Pimenta / Agencia O DiaReginaldo Pimenta
Rio de Janeiro - RJ - 28/01/2020 - Familiares do pequeno Arthur Gonçalves Monteiro Esperança, de apenas 5 anos, conseguiram na Justiça que o menino seja transferido para o Hospital Estadual Getúlio Vargas (HGV), na Penha, Zona Norte do Rio. Arthur está no Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, zona norte da cidade, desde que foi baleado na cabeça, na noite desta segunda-feira - na foto, Valdir Gonçalves da Silva, avo do menino - Foto Reginaldo Pimenta / Agência O DiaReginaldo Pimenta / Agencia O Dia
Rio de Janeiro - RJ - 28/01/2020 - Familiares do pequeno Arthur Gonçalves Monteiro Esperança, de apenas 5 anos, conseguiram na Justiça que o menino seja transferido para o Hospital Estadual Getulio Vargas (HGV), na Penha, Zona Norte do Rio. Arthur está no Hospital Municipal Salgado Filho, no Meier, zona norte da cidade, desde que foi baleado na cabeça, na noite desta segunda-feira - na foto, Joao Paulo Monteiro Esperança, tio do menino, conta que o tiro perfurou a mao do irmao antes de atingir a cabeça de Arthur - Foto Reginaldo Pimenta / Agencia O DiaReginaldo Pimenta / Agencia O Dia
A mãe do menino, Sara Teixeira Gonçalves da Silva, de blusa roxaReginaldo Pimenta / Agência O DIA
Paulo Roberto Monteiro Esperança, pai do ArthurReginaldo Pimenta / Agência O DIA
João Paulo Monteiro Esperança, tio do meninoReginaldo Pimenta / Agência O DIA
Comentários