Segundo o MP, o Muzema Shopping começou a ser construído em 2017. Além de lojas, no térreo, empreendimento conta também com cerca de 150 apartamentos Facebook
Por O Dia
Publicado 01/02/2020 02:00 | Atualizado 01/02/2020 08:10

Passado mais de um ano desde que o Ministério Público recomendou a demolição de um grande prédio com shopping e cerca de 150 apartamentos na Muzema, na Zona Oeste da cidade, a Justiça determinou a demolição do imóvel, um dos principais empreendimentos construídos pela milícia que atua na favela e também na comunidade de Rio das Pedras. A decisão da 2ª Vara da Fazenda Pública determina a desocupação "inicialmente voluntária" em 30 dias, a contar do último dia 21. Mas caso haja decurso do prazo a desocupação deverá ser forçada. Os moradores e comerciantes começaram a ser notificados na quinta, dia 30.

A imponência do empreendimento, localizado na Estrada de Jacarepaguá 520, chama a atenção de quem passa pela via. Na parte de baixo, o Muzema Shopping, que começou a ser erguido em 2017, conta com diversas lojas. Entre elas, de roupas, serviços de estética, uma casa lotérica e até uma filial da Domino's Pizza (maior rede de pizzaria delivery do mundo). No andar de cima, estão os apartamentos.

O empreendimento, segundo o MP, foi construído em Área de Proteção Ambiental e, de acordo com moradores, é comum ter deslizamento de terra e pedras naquela encosta, em dias de chuva. Enquanto a fachada do prédio, de vidro temperado, fascina, os fundos escondem a precariedade. Tudo erguido sob ordens da milícia. "Os prédios não só foram construídos de forma irregular, como não são passíveis de regularização, segundo a legislação vigente e laudos da própria prefeitura", explica o promotor Plínio Araújo, do Grupo de Atuação em Meio Ambiente.

Ainda de acordo com ele, os responsáveis pela construção e venda de salas e apartamentos do edifício foram presos em julho do ano passado, durante a Operação Muzema. Mas conseguiram liberdade em seguida. Entre eles estão Bruno Pupe Cancella e Leonardo Igrejas Esteves Borges. "Alguns foram presos novamente, na operação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado, na quinta-feira", acrescentou.

 

Cadastro para auxílio-moradia
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Três criminosos do Rio estão entre os foragidos mais perigosos do Brasil
Ecko, chefe da maior milícia do estado do Rio, continua foragidoDivulgação / Polícia Civil
Três criminosos do Rio estão entre os foragidos mais perigosos do Brasil, segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). Na quinta-feira, a pasta divulgou lista com os 26 nomes mais procurados. Entre eles, os milicianos Wellington da Silva Braga, o Ecko, e seu braço direito Danilo Dias Lima, o Tandera, além do traficante Leomar Oliveira Barbosa, o Leozinho ou Playboy, do Comando Vermelho.
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O ranking foi feito a partir de critérios como atuação interestadual e transnacional, rede de relacionamentos, posição de liderança em organização criminosa violenta e capacidade financeira, entre outros. "Os selecionados são bastante perigosos, todos com mandado de prisão. Alguns podem estar foragidos no exterior e a lista é para facilitar que eles sejam encontrados e os mandados cumpridos", explicou o ministro Sergio Moro.
Wellington da Silva Braga, o Ecko, é acusado de comandar a milícia Liga da Justiça, que atua em várias bairros da Zona Oeste e Baixada Fluminense. Ele assumiu a organização criminosa em 2017, após a morte de seu irmão, Carlos Alexandre Braga, o Carlinhos Três Pontes. Contra ele há 12 mandados de prisão em aberto.
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Homem de confiança de Ecko, Danilo Dias Lima, o Tandera, também está na lista. O criminoso atua em Seropédica e em outros municípios da Baixada. Ele é conhecido por ter estilo de vida luxuoso, gostando de ostentar mansões, cavalos de raça e carros. A suspeita é a de que esses bens sejam fruto de lavagem de dinheiro proveniente da milícia.
Solto por engano
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Conhecido da polícia desde o início da década de 1990, o traficante Leomar Oliveira Barbosa, o Leozinho ou Playboy, também está na lista. Ele está foragido desde 2018, quando foi solto indevidamente do Presídio Estadual de Formosa, em Goiás, após o cumprimento de um Alvará de Soltura da Vara da Justiça Federal.
Apontado como chefe de uma milícia em Rio das Pedras, na Zona Oeste, e integrante do grupo de extermínio Escritório do Crime, o ex-capitão da PM do Rio, Adriano Magalhães da Nóbrega, o Capitão Adriano, está fora da lista. O ex-PM foi citado como suspeito de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018.
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