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Colchões cheios de areia deverão ser usados para represar o esgoto que chega à captação da Estação de Tratamento de Água (ETA) do Guandu. Esse deve ser um dos paliativos usados pela Cedae para reduzir a poluição da água recebida para tratamento, segundo o secretário da Casa Civil André Moura anunciou nesta terça-feira.
"É um projeto emergencial de contenção de esgotos que está sendo desenvolvido em parceria com o Inea. Serão usados ecobags. Será uma espécie de barragem para a poluição, com colchões gigantes, repletos de areia", explica Moura. Cada "colchão" deve ter cerca de 30 metros. 
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Ainda de acordo com Moura, a empresa que vai executar o procedimento ainda está em processo de contratação. Depois desta fase, a execução deve levar cerca de 60 dias e será feita na confluência dos rios Poços, Queimados e Ipiranga. Ou seja, antes de a água bruta chegar à captação. O projeto foi apresentado ao governador esta semana. 
Em explanação na Assembleia Legislativa do Rio, Moura voltou a defender que a solução para o problema está, de fato, na concessão da empresa à iniciativa privada, cujo projeto prevê que seja feito em quatro blocos.

"Dos R$ 32 bilhões, R$ 1,5 bilhão será para intervenções na rede de esgoto que deságua há muitos anos nos rios que abastecem os reservatórios da Cedae", disse.
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Durante inauguração do Segurança Presente na Taquara, em Jacarepaguá, na Zona Oeste da cidade, o governador Wilson Witzel se recusou a responder perguntas de jornalistas sobre os problemas envolvendo a água fornecida pela Cedae.