Adam Zindul tinha 37 anos - Arquivo Pessoal
Adam Zindul tinha 37 anosArquivo Pessoal
Por RAI AQUINO
Rio - A 167ª DP (Paraty) trabalha com a hipótese de motivação sexual no caso do assassinato do turista lituano Adam Zindul, de 37 anos, na madrugada desta quinta-feira, na Praia do Sono. De acordo com o delegado Marcelo Russo, titular da distrital da Região da Costa Verde, apesar de o suspeito preso pelo crime ter levado dinheiro da carteira da vítima fatal, o roubo só aconteceu depois da esposa dele ter sido estuprada.
"Pra mim foi um crime de cunho sexual, que acabou desencadeando na morte da vítima. Apesar de o suspeito ter levado um bem material, esse não foi o objetivo primordial do crime", acredita o delegado.
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Russo conta que o homem, também de 37 anos, invadiu a casa que Adam e a mulher, que é de São Paulo e tem 35 anos, alugaram e mandou ela amarrar o marido. Depois que ele a estuprou, ainda a golpeou com um pedaço de pau, fazendo com que ela ficasse desacordada.
"Ele estupra e depois pratica a morte. Tanto que a mulher não sabia até pouco tempo da morte dele", disse. "Ele deu duas ou três pauladas na cabeça dela, ela desacordou na cama e ele deve ter pensado que ela havia morrido e a abandonou".
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NOVE DIAS NO BRASIL
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Depois do crime, o homem continuou pela região, que só tem acesso de barco ou por trilha. Ele, que é do Centro de Paraty e vivia de bicos no Sono, foi levado por PMs do 33º BPM (Angra dos Reis) para a distrital. Já a mulher foi socorrida no Hospital Municipal Hugo Miranda, que fica no Centro Histórico. Ainda não há informações sobre o estado de saúde dela.
O corpo de Adam foi encontrado amarrado a uma cadeira, com um pano cobrindo sua cabeça e uma peça de roupa em volta de seu pescoço, e com sinais de tortura. O último carimbo brasileiro no passaporte do lituano foi de 29 de janeiro.
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"Vamos ouvir a mulher ainda no hospital, pois nosso objetivo é resolver esse crime o mais rápido possível. Estamos procedendo todo o protocolo investigativo, com a realização de perícia no local", o delegado acrescenta.
CONSULADO
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Procurado pelo DIA sobre o assassinato de Zindul, o Consulado da Lituânia no Brasil informou, em nota, que ainda não havia sido informado por autoridades brasileiras sobre a morte de cidadãos lituanos no país; confira a íntegra da nota:
Informamos que o Consulado Geral da República da Lituânia em São Paulo não recebeu nenhuma informação oficial de instituições brasileiras sobre o assassinato de cidadão lituano, portanto, não pode fazer comentários sobre o crime abaixo mencionado.
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Uma vez recebidas as declarações oficiais sobre cidadãos lituanos falecidos, as representações lituanas no exterior informam instituições competentes na Lituânia, que têm o direito de notificar os parentes.
Outras ações das representações lituanas no exterior são tomadas de acordo com as solicitações dos familiares e os atos legais da República da Lituânia que regulam a prestação de assistência consular.
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O Consulado Geral da Lituânia em São Paulo está entrando em contato com as autoridades policiais brasileiras competentes para receber confirmação oficial sobre o caso.