Chiquinho da Mangueira (de branco) usou a mãe para receber propina - ESTEFAN RADOVICZ / AGÊNCIA O
Chiquinho da Mangueira (de branco) usou a mãe para receber propinaESTEFAN RADOVICZ / AGÊNCIA O
Por Maria Luisa de Melo
Dois dos cinco deputados envolvidos na Operação Furna da Onça (um desdobramento da Operação Lava Jato), que tiveram suas posses suspensas por decisão judicial, após pedido do Ministério Público, conseguiram, ontem à noite, uma liminar permitindo que seus mandatos sejam retomados na Assembleia Legislativa.
Os beneficiados são Marcos Abrahão (Avante) e Chiquinho da Mangueira (PSC), atualmente soltos. Na decisão, o juiz Rogério de Oliveira Souza, da 22ª Câmara Cível, ressalta que há prejuízo no afastamento dos parlamentares eleitos.
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"O prejuízo para os impetrantes e, por definição política, de seus eleitores, é evidente, pois jamais poderão recuperar, politicamente, as sessões das quais não participaram, seja em plenárias, seja em comissões ou demais eventos típicos da atividade parlamentar", diz trecho da decisão. As defesas de ambos foram procuradas, mas não retornaram.
Alerj concedeu posse aos acusados de corrupção
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Em outubro do ano passado, por 39 votos a 25, o plenário da Alerj decidiu soltar os cinco deputados presos na Operação Furna da Onça. Eles foram presos em novembro de 2018 e cumpriam detenção em regime fechado. Só Chiquinho da Mangueira estava em prisão domiciliar.
Na ocasião, um acordo entre os deputados firmou que o grupo seria libertado, mas não poderia retomar seus mandatos, manter gabinete ou receber salário. Assim, todos tiveram suas cadeiras ocupadas por suplentes.