Enquanto o mistério do desaparecimento da peça continua, a Polícia Civil segue em diligência. Ontem, a delegada Juliana Domingues, titular da 9ª DP (Catete) e responsável pela investigação, praticamente descartou a hipótese de que a peça tenha sido levada para algum ferro-velho.
A polícia investiga a possibilidade de a estátua ter sido arrancada do monumento em homenagem ao primeiro presidente do Brasil para ser comercializada no mercado paralelo de obras de artes.
Até o fim da tarde de terça-feira, o Disque-Denúncia havia recebido quatro ligações relatando possíveis locais para onde a escultura teria sido levada, mas nada foi encontrado.
Segundo Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio(CET-Rio), as câmeras que monitoram o fluxo de veículos no entorno da Praça Paris, na Glória, não conseguiram registrar o momento do roubo da estátua ou possíveis envolvidos fugindo em veículo suspeito.
Dono de um depósito no bairro Santo Cristo há mais de 40 anos, Paulo Aurélio diz que normalmente ferros-velhos não se interessam por bronze e sim por cobre. “Mas se roubaram é porque tem quem compre. Eu jamais faria um absurdo como esse”.
Valor histórico altera preço
Para a leiloeira Soraia Cals, o valor da estátua roubada pode chegar a R$ 400 mil pelo significado histórico. Apesar disso, Cals acredita que a escultura deve ser derretida para reutilizarem o material, e não revendida.
Já o leiloeiro Roberto Haddad considera o roubou ma grande perda para acidade. “Seu valor chega a ser inestimável”, afirma.