Por *Rachel Siston

Um impasse entre o comando da Guarda Municipal (GM) do Rio e a Associação Frente Manifestante, que representa a categoria, põe em risco o esquema montado pela prefeitura para o Carnaval 2020. Há cerca de duas semanas, os agentes começaram a se mobilizar para uma greve durante a festa, reivindicando o cumprimento das promoções por plano de carreira, previstas nas leis complementares 100/2009 e 135/2014, reajuste do vale-alimentação e a convocação dos concursados de 2012.

A decisão foi tomada em uma assembleia deliberativa, ontem, e a paralisação será realizada por doação de sangue, ou seja, os agentes que estiverem a serviço durante o período irão ao Hemorio, para que os dias de trabalho sejam abonados. De acordo com o presidente da associação, Rodrigo Oliveira, será mantido o percentual constitucional de 30% do efetivo trabalhando, mas a maior parte dos agentes deve aderir à manifestação.

"Podemos revogar a greve se o prefeito atender nosso pleito, há tempos estamos tentando negociar, sem obter êxito. Ele tem que propor algo e então faremos uma assembleia para decidir se aceitamos ou não", explicou Rodrigo Oliveira.

Apesar da expectativa de adesão de um grande número de servidores, o comando da GM afirmou que não espera haver greve. "Os Guardas Municipais sabem da importância das ações durante o Carnaval. Por isso o comando confia nos servidores e está aberto ao diálogo", informou o órgão, em nota.

A GM também informou que cumpre determinações previstas em decretos e que há limitação para despesas, devido à Lei de Responsabilidade Fiscal. Segundo o comando, o movimento não representa a maioria do efetivo.

"Todos os argumentos do prefeito, do secretário e da instituição, que tentam desqualificar o movimento de 7.500 guardas municipais jamais representarão os manifestos de uma categoria que pleiteia a ascensão na carreira, prevista em lei e não cumprida há dez anos", rebateu a Frente Manifestante.

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