A identificação de detergente fez com que as comportas da entrada do canal principal que chega à Estação de Tratamento de Água (ETA) do Guandu fossem fechadas ontem. Segundo a Cedae, a substância foi detectada, em um manancial, após análise laboratorial. O material teria sido arrastado pelas fortes chuvas que atingiram a Região Metropolitana na noite de domingo. Até a noite de ontem não havia previsão para retomar a captação.
Ainda segundo a Cedae, a Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro e o Instituto Estadual do Ambiente já foram informados e acompanham o caso.
Água mineral nas escolas
A volta às aulas preocupa os pais de alunos. Como a água fornecida pela Cedae ainda está com gosto e odor terrosos, manter os pequenos hidratados sem risco à saúde virou uma preocupação. Na rede municipal do Rio, que conta com 626.778 alunos matriculados em 1.540 escolas, a prefeitura vai fornecer 500 ml de água por aluno — as aulas começam amanhã.
Apesar da oferta de água mineral, o limite diário já gera polêmica. Segundo o presidente da Comissão de Educação da Câmara de Vereadores do Rio, vereador Célio Lupparelli (DEM), a oferta será de meio litro de água para cada aluno por dia. Ele conta que, após tomar conhecimento do fato, enviou um requerimento ao Executivo pedindo informações sobre como a prefeitura calculou a quantidade da água fornecida. "Sabemos que meio litro pode não ser o recomendável. Pode ser um risco para as crianças", acredita.
Procurada, a Secretaria Municipal de Educação não negou que vá trabalhar com o limite de meio litro por aluno. Mas informou que as cisternas das escolas passam por limpeza e que os alunos sempre consomem água filtrada.
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