A ação foi realizada por técnicos das coordenações de Alimentos, de Engenharia e de Saúde da VigilânciaSubsecretaria de Vigilância Sanitária / Divulgação
Por O Dia
Rio - A Subsecretaria de Vigilância Sanitária da Prefeitura do Rio inspecionou, nesta quinta-feira, as três indústrias de água mineral existentes no município, em continuidade às ações de prevenção de riscos à saúde voltadas ao consumo de água.
A ação durou cerca de cinco horas, contou com 21 fiscais divididos em três equipes e resultou em 18 infrações, duas delas por falta de higiene. As outras 16 foram aplicadas a caminhões por irregularidades no transporte do produto.
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A Vigilância Sanitária disse que na operação especial coletaram amostras que seguiram para análise no Laboratório Municipal de Saúde Pública (o Lasp, em São Cristóvão, no Complexo Zona Norte da Vigilância), com os resultados concluídos em até sete dias.
As indústrias Águas Minerais Santa Cruz LTDA (Rua Monteiro da Luz, 917, Água Santa) e Águas Nazareth Indústria e Comércio LTDA (Rua Conselheiro Ferraz, 163, Lins de Vasconcelos) foram multadas por falta de higiene, e cada uma das três empresas, incluindo a Paradiso Aqua Fresh, em Sulacap, recebeu dois termos de intimação com os itens estruturais que devem ser providenciados, como adequações em depósitos de resíduos e em revestimentos de pisos e paredes e a substituição de tampas de ralos e de telas de proteção para impedir o acesso de vetores.
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Das outras 16 multas, 14 foram aplicadas em veículos de transporte por falta de licença sanitária e duas por falta de lona, que serve para proteger a carga do calor e evitar contaminação. Dos 17 veículos fiscalizados, 14 eram terceirizados e apenas um estava licenciado pela Vigilância.
A ação foi realizada por técnicos das coordenações de Alimentos, de Engenharia e de Saúde da Vigilância, que passaram um verdadeiro pente fino nas indústrias. Eles vistoriaram as condições das fontes, os depósitos, as áreas de recepção e de higienização dos galões, o processo de envase e lacre das embalagens, coletando amostras nas fontes e após o engarrafamento. Com apoio de equipes da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop), da Guarda Municipal e da Polícia Militar, os fiscais inspecionaram os caminhões, conferindo o acondicionamento das embalagens para a distribuição no comércio.
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Na última terça-feira, o Lasp concluiu as análises das primeiras amostras coletadas de galões de 20 litros da marca Ipanema a partir de denúncias de consumidores feitas à Central 1746, encontrando bactérias (coliformes totais e pseudomonas) que são indícios da falta adequada de higiene das embalagens e a consequente contaminação do referido produto. Como medida de prevenção, a Vigilância suspendeu a comercialização, sendo que a empresa tem até dez dias para solicitar defesa e perícia de contraprova. A medida foi adotada por interdição cautelar publicada no Diário Oficial desta quarta-feira. 
O médico-veterinário Flávio Graça, superintendente de Educação da Vigilância, ressaltou que a operação desta quinta-feira teve foco preventivo e foi organizada diante do aumento expressivo do consumo de água mineral na cidade, o que pode causar problemas em todo o processo de envase.
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"Por isso estamos inspecionando da fonte ao consumidor, conferindo as condições de higiene dos galões, do lacre, fiscalizando todas essas etapas. O aumento da demanda também favorece o transporte irregular. Tanto que já identificamos e multamos caminhões sem licença sanitária, documento fundamental para o processo de distribuição. Alguns deles transportavam os garrafões sem cobertura, expondo o produto ao calor, o que pode desencadear a contaminação", explicou o superintendente.