Rio - A esposa do senador Arolde de Oliveira (PSD-RJ), Yvelise de Oliveira, negou, nesta terça-feira, que o celular do pastor Anderson do Carmo, marido assassinado da deputada federal Flordelis dos Santos, esteve na sua residência horas após o crime. Em trecho do depoimento, obtido pela reportagem, ela afirma que "fez um contato via internet com o celular e isso poderia ter gerado um erro na operadora telefônica". Yvelise e o marido eram amigos próximos do casal Anderson e Flordelis.
A esposa do senador Arolde foi intimada a depor na condição de testemunha e, assim, sua defesa não obteve acesso ao inquérito. Após prestar depoimento por três horas, na companhia de seus advogados, ela não quis falar com a imprensa.
O celular do pastor Anderson é peça-chave para elucidar o crime. A deputada Flordelis nunca soube explicar o desaparecimento do aparelho para a polícia. Um dos seus filhos adotivos diz que ela relatou ter atirado o aparelho da ponte Rio-Niterói.
A quebra do sigilo telefônico, no entanto, aponta que o aparelho foi levado para a casa de Yvelise na Barra da Tijuca, onde um chip em seu nome foi inserido. Posteriormente, o celular foi levado para Brasília, onde foi inserido um outro chip, de um pastor evangélico. A última localização do celular aponta para a conexão com o wifi da residência de um delegado da Polícia Federal, que será intimado a depor.
Delegado da PF irá depor por carta-precatória
A Delegacia de Homicídios identificou como sendo Luiz Dorea o delegado da Polícia Federal dono da residência onde o celular foi conectado a um wifi, em Brasília. Ele será intimado a depor, na condição de testemunha, via carta precatória, nos próximos dias, de acordo com fontes da investigação. Após ser conectado ao wifi de uma residência em seu nome, o celular desapareceu.
Delegado da PF irá depor por carta-precatória
A Delegacia de Homicídios identificou como sendo Luiz Dorea o delegado da Polícia Federal dono da residência onde o celular foi conectado a um wifi, em Brasília. Ele será intimado a depor, na condição de testemunha, via carta precatória, nos próximos dias, de acordo com fontes da investigação. Após ser conectado ao wifi de uma residência em seu nome, o celular desapareceu.
O nome de Dorea já esteve envolvido em uma confusão com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em março do ano passado, Dorea trabalhava no Aeroporto de Brasília, quando o magistrado se recusou a passar no detector de metal, durante um procedimento de segurança. Dorea determinou, então, que Moraes saísse do avião e passasse pela revista no detector. De acordo com agentes, Moraes chegou a dizer que Dorea seria transferido de posto.
No mesmo mês, ele foi transferido para a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp). Em nota, na época, a pasta disse que o remanejamento já estava previsto. Procurado pela assessoria da Polícia Federal e da Senasp, o delegado não respondeu até o fechamento da reportagem.
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